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Guiné-Bissau: associação responsabiliza Ministério dos Transportes por falta de arroz
A escassez de arroz na Guiné-Bissau fez com que os preços disparassem no mercado guineense.
Segundo o presidente da Associação dos Comerciantes Retalhistas, Aliu Seidi, esta situação deve-se à ausência de acção do governo no sentido de facilitar a chegada desse produto ao país.
Aliu Seidi acusa, por outro lado, o Ministério dos Transportes de pouco ou nada ter feito para que um navio que trouxe cerca de 22 mil toneladas de arroz pudesse descarregar o produto e abastecer o mercado. Este responsável avisou ainda que enquanto a situação se mantiver “os empresários terão medo de levar produtos” para a Guiné-Bissau.
O navio, fretado por um comerciante, ficou cerca de 60 dias sem poder atracar no porto de Bissau, acusou Aliu Seidi. Em consequência desta situação, aqueles que vendem directamente ao consumidor final, um saco de arroz de 50 quilos passou de 36 euros para 45 euros.
No entanto o Governo daquele país promete resolver a situação brevemente, sendo este produto de primeira necessidade a base da dieta alimentar dos guineenses, tendo o director-geral do Ministério do Comércio, Lassana Fati, garantido que nos próximos dias o mercado será abastecido com cerca de 9 mil toneladas de arroz.
De acordo com dados do Governo da Guiné-Bissau, apenas 60 mil toneladas de arroz das 200 mil consumidas pela sua população são produzidas no país, sendo que as restantes 140 mil toneladas são importadas da China, Bangladesh, Índia e Vietname.
Lassana Fati explicou ainda, que a situação se deu devido ao período da exportação da castanha de caju durante o qual é sempre complicado gerir a logística entre navios que entram no porto para carregar o caju e aqueles que trazem outros produtos importados.