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Presidente do Senegal e Macron discutem acordos comerciais em França
O Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, reuniu-se esta quinta-feira, 25, com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, durante um almoço no Eliseu.
Os acordos comerciais que ligam os dois Estados, o franco CFA e a presença militar francesa no país marcaram a ordem dos trabalhos dos dois responsáveis políticos.
Segundo analistas senegaleses esta visita “vai dissipar” as tensões entre Dakar e Paris.
Recordar que há dois meses, o Primeiro-Ministro do Senegal, Ousmane Sonko, sugeriu a possibilidade de fechar as bases militares francesas no país da África Ocidental, em um discurso abrangente que também tratou da moeda franco CFA, dos acordos de petróleo e gás, e dos direitos LGBTQ.
Sonko, um político conhecido por suas críticas à França e que ascendeu ao poder quando o seu candidato presidencial, Bassirou Diomaye Faye, venceu decisivamente em Março, destacou a necessidade de questionar a presença militar francesa no Senegal. Actualmente, cerca de 350 soldados franceses estão estacionados no país.
“Mais de 60 anos após a nossa independência… devemos questionar as razões pelas quais o exército francês, por exemplo, ainda mantém várias bases militares no nosso país e o impacto dessa presença na nossa soberania nacional e autonomia estratégica”, disse Sonko em uma conferência conjunta com o político francês Jean-Luc Mélenchon em Dakar.
Segundo a Presidência do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, foi a Paris, igualmente, para a Cimeira do Desporto para o Desenvolvimento Sustentável, que decorre hoje. A previsão é que amanhã, Bassirou Diomaye Faye entregue a bandeira nacional aos atletas senegaleses que participarão dos Jogos.
Entretanto, esta é a segunda visita do presidente senegalês a Paris num mês. No dia 21 de Junho, Bassirou Diomaye Faye participou do Fórum Global para Soberania e Inovação em Vacinas.
“Na ocasião, o líder senegalês encontrou-se com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron. Os chefes de Estado discutiram as dificuldades que surgiram nas relações entre os dois países nos últimos anos”, refere a imprensa local.