Lusofonia
CPLP: Lobby guineense não surtiu efeito, diz jornalista
O jornalista guineense Aly Silva, escreveu hoje, no seu blog, que o lobby guineense, que pretendia que a Guiné-Bissau fosse o país que iria suceder a Angola, na presidencia da CPLP para o biénio 2023/25, não surtiu efeitos.
“O lobby guineense (Portugal, Cabo Verde, São Tomé e a Guiné-Equatorial), parece não ter surtido efeito… A verdade é que a Guiné-Bissau não está preparada para tal cargo”, disse.
“Para um país empenhado em tudo menos na democracia; para um regime apostado em eliminar a oposição; um país com raptos, prisões arbitrárias, espancamentos e outros males – NÃO seria bem visto pelos Povos”
Entretanto, pela primeira vez, a CPLP não anunciou qual o país que irá suceder ao atual Estado que preside à organização (Angola), mas Marcelo Rebelo de Sousa minimizou qualquer polémica.
“É fácil a resposta: há um Estado concretamente que tem um ato eleitoral iminente e na pendência do ato eleitoral e da assunção de responsabilidades emergentes por parte dos governantes desse Estado, pareceu aos chefes de Estado e de Governo que era sensato esperar”, explicou o Presidente português, na conferência de imprensa após o encerramento da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP.
Assim, os Estados-membros vão “esperar à volta de 15 dias, três semanas, para realmente então, se feitas as consultas adequadas, saber a disponibilidade do Estado para receber determinada incumbência”, explicou.
“Não tem mais nada de significativo”, resumiu Marcelo Rebelo de Sousa.
Na cerimónia final, estava já ausente o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que, segundo a LUSA, regressou a Bissau para receber o Presidente da República Democrática do Congo e presidente em exercício da União Africana, Félix Tshisekedi.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.