Ligar-se a nós

Ciência & Tecnologia

Assistentes virtuais: o futuro da Inteligência Artificial começa agora

Publicado

em

Há sete meses, escrevi sobre aquilo que seria o futuro da Inteligência Artificial. Com o anúncio feito esta quinta-feira, 17,  pela OpenAI, este futuro começa agora. Neste momento, arranca oficialmente a transição entre modelos de IA reactivos, para verdadeiros assistentes virtuais, com capacidades de executar acções em nome do usuário. Mas nem tudo são flores, riscos existem, e não foram deixados de lado pelo líder da gigante tecnológica.

“Uma chance de tentar o futuro”, foi como o CEO da OpenAI, Sam Altman, classificou a nova actualização do ChatGPT, que agora, permite que o chatbot execute acções em nome do usuário, como verdadeiros assistentes virtuais.

Para entender o que isso significa, vamos retomar partes do texto “Copiloto, prompt e o futuro da Inteligência Artificial“, que publiquei no Correio da Kianda, em Dezembro de 2024.

Inteligência Artificial não é um tema novo. Ao longo dos anos há vários marcos, anteriormente já descritos, contudo, mesmo com esses avanços, a tecnologia ainda era algo muito complexo para grande maioria da população. Em 2022, a Open AI lançou o ChatGPT, com uma interface simples, ao alcance de qualquer usuário de Internet, permitindo ver as possibilidades de uma IA Generativa – tipo de Inteligência Artificial que cria conteúdo novo e original.

Com esta breve explicação, conseguimos entrar no tema do artigo. O ChatGPT, bem como grande parte dos Modelos de IA actualmente existentes, utilizam prompts (comandos) – modelo assistivo de Inteligência Artificial.

Ou seja, para executar uma tarefa, aquela ferramenta treinada com volumes enormes de dados para conseguir concluir uma solicitação com perfeição, surpreendendo em muitos casos, devido a exactidão, precisa que seja feita uma solicitação ou seja dada uma orientação.

Até então, a popularidade do que conhecemos como Inteligência Artificial, é de uma IA reactiva. Foi esse modelo que fez a IA Generativa ganhar popularidade.

O anúncio da OpenAI desta quinta-feira, 17, abre as portas para novas utilidades no uso da Inteligência Artificial, colocando toda a indústria voltada para criar hoje o que antes era visto como futuro: desenvolver copilotos, ou seja, “usar prompts para interagir com um agente inteligente que interage com modelos pré-treinados e ferramentas externas”.

Com isso, temos aqui um perfil proactivo da Inteligência Artificial “que faz recomendações para entregar mais valor”. Recomenda coisas sem necessariamente termos que pedir e esperar, aumentando significativamente o valor do resultado final.

Entretanto, nem tudo são flores. Há toda uma preocupação com os riscos que tal permissão dada a uma máquina pode trazer, com a OpenAI a explicar que “o modelo também é treinado para recusar tarefas de alto risco, como, pro exemplo, transferências bancárias”.

“Eu explicaria isso para minha própria família como algo inovador e experimental; uma chance de tentar o futuro, mas não algo que eu usaria para fins de alto risco ou com muitas informações pessoais até que tenhamos a chance de estudá-lo e melhorá-lo na prática”, disse o CEO Sam Altman, nas suas redes sociais.

Dentre essas preocupações está o avanço desses modelos, sem necessariamente ter uma regulamentação, o que tem ocasionado importantes deficiências e preocupações com a privacidade em torno da tecnologia, com modelos de IA ainda propensos a alucinações e vieses, podendo ainda agir de formas imprevisíveis, reforçando estereótipos e preconceitos.

Copiloto, prompt e o futuro da Inteligência Artificial

Comunicação Integrada | Jornalismo | Tecnologias | Redes Sociais | Geopolítica | África | Inteligência Artificial

Publicidade

Radio Correio Kianda

Publicidade




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD