Ciência & Tecnologia
Copiloto, prompt e o futuro da Inteligência Artificial
Sim, neste momento estamos já a falar do futuro da Inteligência Artificial, o caminho que esta tecnologia está a seguir e deve expandir nos próximos tempos.
Para entender esta evolução, vamos retomar algo que publiquei aqui anteriormente. Inteligência Artificial não é um tema novo. Os primeiros registos remontam a 1950, com o chamado Teste de Turing, do matemático inglês Alan Turing, que dizia que “se uma máquina consegue enganar humanos fazendo-os pensar que ela é um humano, então a máquina tem inteligência”.
Este é considerado como o início de estudos que levariam ao que vemos hoje como Inteligência Artificial.
De forma geral, os marcos da IA são:
1950 – Teste de Turing
1959 – Criação do Laboratório de IA do Massachusetts Institute of Technology
1997 – Deep Blue da IBM
1999 – Robô pet
2011 – Assistente pessoal – Siri
Mesmo com esses avanços, ao longo dos anos, a tecnologia ainda era algo muito complexo para grande maioria da população. Contudo, em 2022, a Open AI lançou o Chat GPT, com uma interface simples, ao alcance de qualquer usuário de Internet, permitindo ver as possibilidades de uma IA Generativa – tipo de Inteligência Artificial que cria conteúdo novo e original.
Com esta breve explicação conseguimos entrar no tema do artigo. O Chat GPT, bem como grande parte dos Modelos de IA actualmente existentes utilizam prompts (comandos) – modelo assistivo de Inteligência Artificial.
Ou seja, para executar uma tarefa, aquela ferramenta, treinada com volumes enormes de dados para conseguir concluir uma solicitação com perfeição, surpreendendo em muitos casos devido a exactidão, precisa que seja feita uma solicitação ou seja dada uma orientação.
Neste momento, temos uma IA reactiva. E foi esse modelo que fez a IA Generativa ganhar popularidade.
Só que temos aqui uma questão. Esses modelos para funcionarem em amplitude, necessitam de uma capacidade extra de comunicação. Saber pedir, dar detalhes, contribuem significativamente para o resultado esperado. E sabemos que comunicar pode não ser o forte de muitas pessoas, sobretudo comunicar com máquinas.
Pensando nisso, toda a indústria está agora voltada para desenvolver copilotos, ou seja, “usar prompts para interagir com um agente inteligente que interage com modelos pré-treinados e ferramentas externas”.
Com isso, temos aqui um perfil proactivo da Inteligência Artificial “que faz recomendações para entregar mais valor”. Recomenda coisas sem necessariamente termos que pedir e esperar, aumentando significativamente o valor do resultado final.
Vamos a exemplos práticos: sabe aquele funcionário que trabalha com você há anos, já conhece bem a empresa, possui todos os dados e evoluiu para um braço direito, já consegue prever, alertar, ter ideias incríveis, sinalizar possíveis problemas, sem necessariamente você pedir? Esses são os copilotos.
E tendo essa visão clara, você começa a utilizar a Inteligência Artificial de forma mais abrangente e com resultados ainda melhores e mais significativos.
E atenção, venho trazendo há anos aqui. Inteligência Artificial não vai tirar o emprego de ninguém, mas pessoas que dominam IA sim. Transformação digital com transformação artificial andam de mãos dadas. Um caminho necessário para qualquer empresa que queira ganhar espaço no mercado.
Bom domingo e boa leitura!
*Imagem criada por Inteligência Artificial