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África do Sul e Moçambique reforçam segurança devido manifestações

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Os governos da África do Sul e de Moçambique anunciaram hoje o reforço de medidas de segurança para mitigar o impacto das manifestações de contestação eleitoral em Moçambique, considerando que existe “risco de insegurança alimentar e energética”.

Em conferência de imprensa conjunta no final de um encontro de alto nível de quase três horas, em Malelane, na província sul-africana de Mpumalanga, os dois países acordaram medidas para “mitigar conjuntamente a perturbação” nos postos de entrada, “particularmente Lebombo e Ressano Garcia”, afirmou o ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola.

“Os ministros concordaram que ambos os países se esforçarão por proteger e garantir a infraestrutura para a facilitação do comércio e a colaboração contínua para garantir o mínimo de perturbação para a integração regional, incluindo as cadeias de valor transfronteiriças associadas”, adiantou o governante sul-africano.

Por seu lado, o ministro do Interior moçambicano Pascoal Ronda, que chefiou a delegação de Moçambique, disse que “a reunião salientou que estas perturbações tiveram um impacto negativo significativo nas economias de ambos os países e na livre circulação de pessoas e mercadorias entre os dois países”.

Intolerância

A Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) queixou-se de “intolerância política”, denunciando ameaças e agressões de manifestantes, bem como vandalização e destruição das suas sedes.

“A Comissão Política condena de forma veemente os actos de violência, ameaças e agressões, físicas ou morais, dirigidos aos nossos membros e simpatizantes e aos cidadãos em geral”, lê-se no comunicado da 38.ª sessão ordinária daquele órgão, que decorreu em Maputo.

“Repudiamos, com firmeza, os actos de vandalismo perpetrados contra as nossas sedes, que incluem incêndios, pilhagens e destruição de bens, situações que configuram intolerância política”, acrescenta o comunicado divulgado no final da reunião, presidida pelo presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, também presidente da República.

A Frelimo apelou aos partidos políticos e candidatos presidenciais para aguardarem pela validação dos resultados, referindo que o partido está aberto ao diálogo com o objectivo de promover “a paz, a democracia e o Estado de Direito”.

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