Sociedade
Sindicato defende recrutamento de 75 mil professores para o ensino geral
O Secretário para Educação e Formação do Secretariado Nacional do SINPROF, Hamilton Sulo, defendeu que é necessário recrutar cerca de 75 mil novos professores para o ensino geral, devido o défice de profissionais existente no país.
A posição do sindicalista surge um dia antes do arranque do ano lectivo 2021-2022, cuja abertura oficial está marcada para amanhã, com início das aulas no dia seguinte, primeiro de Setembro, e por ocasião da previsão de admissão de 7.500 novos professores do ensino geral para o mesmo ano curricular, avançado, há duas semanas, pelo Ministério da Educação.
“Nós temos um défice de perto de 75 mil professores. Primeiro é para descongestionar as turmas superlotadas que temos, e para as escolas que estão a ser construídas no âmbito do PIIM e também professores que podem cobrir o número de crianças que estão fora do sistema de ensino”, defendeu em entrevista telefónica ao Correio da Kianda, acrescentando que o número avançado pelo ministério não vai cobrir a carência que o país enfrenta, apenas ajudar a resolver parte de um problema.
“Na verdade, o número avançado não vai cobrir a carência que nós temos, mas de alguma forma é sempre um passo, não podemos ignorar ou desvalorizar este passo. Sete mil vai ajudar a resolver parte de um problema. Em questão de défice, para atender o sistema de ensino, precisamos de mais professores para cobrir o número de salas de aulas que estão sendo construídas”, disse.
O Correio da Kianda sabe que, por exemplo, mais de 800 crianças com idade escolar correm o risco de perder mais um ano lectivo, na comuna de Cumbira, município de Londuimbali, província do Huambo, por falta de professores.
Por Pedro Kididi
