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“Violência e vandalismo não representam valores e princípios do MPLA”, diz BP do partido no poder

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Num comunicado enviado à redacção do Correio da Kianda, o Bureau Político do MPLA condenou os actos de vandalismo registados esta segunda-feira, 28, em vários bairros de Luanda, defendendo que tais actos vão contra os princípios do partido no poder.

“A violência e o vandalismo não representam os valores e princípios do MPLA como partido responsável e comprometido com a causa do povo, nem os princípios e valores que este mesmo povo sempre defendeu”, lê-se na nota.

O BP do camaradas apelou ainda às “autoridades competentes para que intensifiquem as acções de investigação e punição aos responsáveis morais e materiais por estes actos, apelando que a justiça seja feita de forma célere e eficaz”.

Exortou, igualmente, aos jovens angolanos “a não se deixarem manipular por grupos, movimentos ou indivíduos que incitem a violência e o vandalismo. Considera que é fundamental que cada jovem assuma uma postura de responsabilidade, de Paz e de civismo, contribuindo para construção de uma Angola melhor, cada vez mais forte e unida”.

Um pouco por toda a capital angolana, foram protagonizados, hoje, actos de arruaça, com arrombamento e saques de supermercados, armazéns, lojas, bombas de combustível, pensões, dentre outros, e apedrejamento de autocarros e viaturas. Ao que o Bureau Político do partido no poder pediu às forças da ordem que “intensifiquem as acções de investigação e punição aos responsáveis morais e materiais por estes actos”.

O comunicado do partido que sustenta o Governo surge na sequência da UNITA, o PRA-JA Servir Angola, o Bloco Democrático e o PDP-ANA, terem condenado os actos de vandalismo protagonizados por populares, em decorrência da greve geral dos taxistas em Luanda.

Partidos da oposição condenam actos de vandalismo durante protestos em Luanda

Grupos sem legitimidade

Mais cedo, o Governo Provincial de Luanda denunciou a actuação de grupos sem legitimidade que estão por trás dos distúrbios verificados em diversos pontos da capital, supostamente associados à paralisação dos táxis colectivos.

Em nota oficial, o Governo Provincial esclareceu que as principais Associações e Cooperativas de Táxi haviam cancelado a greve previamente anunciada, após entendimento com as autoridades sobre as reivindicações apresentadas.

Contudo, nas primeiras horas do dia, indivíduos não identificados voltaram a convocar acções de paralisação, promovendo actos de vandalismo, intimidação e violência, com ataques a viaturas incluindo carros privados e agressões a cidadãos.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, em entrevista recente à Rádio Correio da Kianda, Luanda conta com mais de 18 mil táxis, e mais de seis mil jovens, conhecidos como “lotadores”, dependem directamente deste sector para o seu sustento.

Francisco Paciente sublinhou que os prejuízos económicos provocados pela paralisação são significativos e comparou com dados de greves anteriores, apelando à necessidade de diálogo construtivo entre o Governo e as associações legítimas do sector.

Ouça as declarações no Jornal da Rádio Correio da Kianda

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