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Venezuela: Maduro convoca população a se mobilizar contra os EUA

Esta semana, as tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiram um novo nível. Na quinta-feira, 21, o presidente venezuelano convocou milhões de milicianos armados, reservistas e até civis a se mobilizarem neste fim-de-semana para enfrentar as “ameaças” dos EUA.
Uma decisão que vem após a implantação dos destroieres da Marinha dos EUA nas águas do Caribe, ao largo da Venezuela, missão que segundo Washington, visa acabar com as actividades dos cartéis de drogas
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, falou em Caracas diante de centenas de soldados e milicianos, onde pediu que seu povo se junte oficialmente aos esforços de segurança do país.
“Convoquei para o próximo sábado e domingo, nos quartéis, unidades militares, praças públicas centrais, praças Bolívar e nas sedes das bases populares de defesa integral 15.000 e 751, um processo de alistamento nacional de todas as forças da milícia, de toda a Milícia Nacional Bolivariana”, disse.
“Apelo a todos os milicianos, reservistas e todas as pessoas que queiram se alistar e se juntar às fileiras do grande Plano Nacional de Soberania e Paz”, convocou.
Durante seu discurso, insistiu que o modelo da cidade costeira de La Guaira faz parte de um sistema de defesa posto em prática antes do que ele chamou de “as últimas ameaças do imperialismo norte-americano”.
“Construímos um sistema, não para uma conjuntura específica, conjunturas que nos colocam à prova, não construímos esse sistema para essa conjuntura de ameaças e acordos em que o império enlouqueceu”, acrescentou o presidente venezuelano.
Esta é a segunda saída do presidente Maduro em uma semana, na segunda-feira, 18, ele anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos no país em resposta às “ameaças” americanas.
As milícias, criadas pelo falecido Hugo Chávez, agora somam milhões e são um pilar fundamental da resposta de Maduro à pressão dos EUA, já que os Estados Unidos dobraram a recompensa por sua prisão para USD 50 milhões.