Sociedade
Rádio Despertar despede jornalistas da comissão sindical
Decisão acontece cinco dias depois de o porta-voz do Núceo Sindical ter revela a sua suspensão em entrevista à VOA
A Rádio Despertar, ligada à UNITA, na oposição em Angola, despediu nesta sexta-feira, 9, três jornalistas que pertenciam à comissão sindical na empresa e que estavam suspensos desde o dia 13 de Outubro.
Serrote Simão, primeiro secretário do Núcleo Sindical, Francisco Paulo, primeiro Vogal para a Comunicação Institucional, e Pedro Mota, porta-voz, tinham sido suspensos depois de exigirem à Rádio Despertar que satisfizesse o caderno reivindicativo apresentado pelos trabalhadores em finais de Agosto.
O afastamento acontece cinco depois de, na segunda-feira, 6, o porta-voz do Núcleo Sindical, Pedro Mota, ter denunciado em entrevista à VOA o seu afastamento.
Fontes da VOA em Luanda admitem que o processo foi “acelerado” depois da entrevista.
Na ocasião, Mota acusou a entidade empregadora de prepotência ao não querer negociar o caderno reivindicativo apresentado em finais de Agosto.
O jornalista lamentou que a entidade patronal politize todas as iniciativas levadas a cabo pelo sindicato e apelou a uma maior sensibilidade da entidade patronal para resolver o impasse entre a direcçao da Rádio e a Comissão Sindical.
Sem gravar entrevista, o Presidente do Conselho de Administração do PCA, Monteiro Kawewe, limitou-se a dizer que os pronunciamentos de Pedro Mota não eram verdadeiros.
Entre os pontos do caderno reivindicativo entregue à administração da Rádio Despertar constam a exigência de melhores condições de trabalho, aumento salarial, pagamento da segurança social e garantia de transportes para os mais de 40 funcionários.
VOA