Partidos Politicos
PRA-JA nega envolvimento na desvinculação da deputada do Grupo Parlamentar da UNITA
O Secretário Geral Adjunto para os Assuntos Constitucionais e Eleitorais do PRA-JA Servir Angola, negou em entrevista à Rádio Correio da Kianda, o seu envolvimento e do seu partido, na desvinculação da deputada, Maria Emília, do Grupo Parlamentar da UNITA.
Florêncio Canjamba, foi categórico em afirmar que, em nenhum momento o partido orientou um deputado a desfazer-se do GPU, a exemplo disso, “nós, os 8 deputados abandonamos a Assembleia Nacional, de forma voluntária e em grupo, não obstante a isso, deixamos todos benesses incluindo salário, até viaturas protocolares entregamos, algo inédito, porque a luz da Constituição não poderíamos fazer política activa num partido diferente daquele pelo qual fomos eleitos, fizemos isso, para mostrar o nosso trabalho, coragem e dedicação a pátria” disse.
O ex-deputado frisou ainda que todos novos parlamentares que substituíram, são da UNITA. “É falsa a informação veiculada pelo Club K, alegando que, o dirigente do PRA-JA, Florêncio Canjamba, é que teria lhe ajudado a lavrar o documento, isso tudo é falso.
O político pensa que a saída da deputada Emília, do Grupo Parlamentar da UNITA, pode ser motivada pelo facto do PRA-JA ter sido afastado de forma compulsiva da Frente Patriótica Unida.
Florêncio Canjamba, disse que, dos 4 deputados do PRA-JA, na Assembleia pela UNITA, nomeadamente, Nuno Dala, Maria Monteiro, Jorge Martins da Cruz e Maria Emília Inácio, o que hão de fazer depende deles mesmos, não é o partido que define, visto que, a lei estabelece que, quando um deputado é eleito, já não dependo do partido, pode estar em desacordo ou incompatibilizar-se com o seu partido, mas, não perde o mandato, por isso, esses colegas são livres, a lei lhe permite ficar no GPU ou desvincular-se do Grupo Parlamentar da UNITA.
Sobre os benefícios financeiros no quadro da FPU
O político disse que, o acordo previa 20%, mas recebiam apenas 6%, desde que receberam a última vez, quando estavam vinculados a FPU, até aqui, ainda não receberam. “Como sabe, as verbas são alocadas trimestralmente, mas, “não tenho dados concretos, só o sector financeiro poderia falar com propriedade, mas como sabe, não há nenhum documento oficial da FPU UNITA, se isso cessa ou não, os meses lá se vão, mas eles não nos notificaram a dizer que o direito terminou com essa desvinculação.
“Do ponto de vista legal, a vigência da FPU termina em 2027, como nenhuma das partes se pronunciou a favor ou a desfavor, pelo que, não tem um posicionamento oficial sobre adoptação financeira de que temos direito”, disse.