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Populares em Luanda agastados com escassez de água

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Algumas zonas de Luanda continuam sem o abastecimento do precioso líquido há vários meses, cenário que tem limitado muitos moradores nos trabalhos diários na capital do país.

Durante uma ronda feita pela equipa de reportagem da Rádio Correio da Kianda, os entrevistados descreveram a situação como “preocupante”, numa altura em que as famílias perderam o poder de compra.

Diariamente, as famílias veem-se obrigadas a recorrerem a cisternas para o abastecimento de água, para assim realizarem as suas actividades domésticas, tal como conta o senhor Cláudio Djiluca, morador da Boa Esperança, no Zango 1.

Segundo afirmou, na sua zona, a compra de água tem um gasto diário de 600 kwanzas, valor este que pesa nas suas despesas, uma vez que precisa pagar transporte, alimentação, energia e outras necessidades consideradas por ele como pontuais.

“Quando não há dinheiro para chamar cisterna de água você fica sem água, isso é absurdo, quando não há cisterna compramos na vizinhança e diariamente gasto 600 kwanzas”, revelou.

Do Zango 1, passamos para a zona do Sossego, onde a ausência da água é contada pelo jovem António David, que vive naquela zona há quase um ano, e descreve a situação como difícil.

António David disse que gasta 100 kwanzas por bidon e clama por ajuda das autoridades competentes.

O precioso líquido também não jorra em várias residências do condomínio BPC, na zona 1, na Camama. Os populares daquela zona afirmam que esta carência tem limitado os seus trabalhos diariamente e para contrapor, várias famílias também procuram abastecer os tanques com água das cisternas com um pagamento acima de 20 mil kwanzas.

Recentemente, foi lançado na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Kifangondo, o Projecto PROÁGUA, uma iniciativa do Governo de Angola, que visa beneficiar mais de nove milhões de habitantes das províncias do Icolo e Bengo e de Luanda.

O projecto, pertencente à Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), está a ser implementado em parceria com diversos intervenientes, e tem como objectivo modernizar e expandir os sistemas de produção e distribuição nas províncias de Luanda e de Icolo e Bengo, e melhorar a qualidade de vida das populações.

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