Politica
Múltiplas candidaturas na UNITA podem criar problemas internos, diz analista

As múltiplas candidaturas no XIV Congresso Ordinário da UNITA aprazado para os 28, 29 e 30 de Novembro próximo, poderão criar problemas internos e impactos negativos internos, do que externos.
A afirmação é do politólogo Horácio Nsimba, que sustenta ser uma realidade já africana ou até mesmo angolana, e antevê o intensificar da tensão interna no Galo Negro, caso uma das candidaturas sejam fortes, que ameaçam os interesses de uma das alas.
A disputa pela presidência da UNITA no XIV Congresso Ordinário, aprazado para os dias 28, 29 e 30 de Novembro próximo, começa a agitar-se após o anúncio de pré-candidatura do filho do líder histórico e fundador do partido, Rafael Massanga Savimbi, feito esta terça-feira, 07, por intermédio das suas redes sociais.
A Rádio Correio da Kianda apurou hoje, 08, que depois do anúncio de Massanga Savimbi, vários militantes de proa e dirigentes do Galo Negro, através de uma declaração que circula nas redes socais, manifestam publicamente o seu apoio a recandidatura do actual presidente Adalberto Costa Júnior.
Falando hoje, 08, à Rádio Correio da Kianda, o especialista defende como prioridade em termos de visão estratégica, a necessidade de a UNITA procurar neste conclave renovar os quadros tendo em conta os objectivos do partido em 2027, aliado aquilo a que chamou de populismo criado pelo actual presidente Adalberto Costa Júnior, no pleito de 2022.
Para o especialista, numa perspectiva de higiene política, defende a necessidade de a UNITA renovar a sua liderança apostando numa outra figura do partido, tendo em conta o desgaste político fruto do desaire de 2022, que tinha como pano de fundo o melhor momento do Galo Negro alcançar a alternância em Angola.
Dentre às figuras que manifestam o apoio a recandidatura de ACJ, destacam-se José Samuel Chiwale, Ernesto Joaquim Mulato, Lukamba Gato, Abílio Kamalata Numa, Liberty Chiyaka, Albertina Navemba Navita Ngolo, Mihaela Neto Webba, Adriano Sapiñala, Marcial Dachala, Faustino Mumbica e Paulo Faria, só para citar.
Os subscritores do manifesto fundamentam como decisão de apoiar a recandidatura de Adalberto Costa Júnior, com segundo as quais pela sua dimensão política, pela confiança que inspira e pela projecção internacional que conquistou.
Entretanto, Rafael Massanga Savimbi aquando do anúncio, afirmou que a sua pré-candidatura, visa “promover e reforçar a sua coesão e unidade, reafirmar a sua identidade político-ideológica, preservar a sua independência política e congregar a sociedade civil e todas as Forças Vivas da Nação, com o objectivo de garantir um futuro melhor para todos”.
O também Secretário para as Relações Internacionais da UNITA, disse que “mais do que uma simples disputa interna, este Congresso pode representar uma viragem histórica, pois abre portas e oportunidades para definitivamente realizarmos a tão almejada alternância política e, unidos, construirmos um futuro melhor para todos”.