Politica
Luta pela independência que possibilitou a existência do primeiro Presidente, diz ACJ ao rejeitar condecoração
O presidente da UNITA disse esta segunda-feira, 07, em declarações à imprensa, aquando do “Economias Sem Makas”, realizado pelo jornalista Carlos Rosado de Carvalho, que rejeita a condecoração no âmbito dos 50 anos de independência nacional.
Adalberto Costa Júnior é uma das 670 personalidades que deverão ser condecoradas nos dias 18 e 19 deste mês, no âmbito dos 50 anos da independência de Angola, segundo a lista divulgada pela Presidência da República.
O líder do Galo Negro disse que a sua decisão é motivada pela exclusão de Jonas Malheiro Savimbi e de Holden Roberto nas condecorações, tendo afirmado igualmente que “não é aceitável esta condição de dizer que um foi presidente e, por isso, tem reconhecimento, e o outro não foi presidente e não tem o mesmo reconhecimento”.
“Esta questão motivou, efectivamente, uma sentada ao nível do órgão de direcção, o Comité Permanente da UNITA, que analisou esta posição e não alterou-a, no sentido de que não entendia aceitável que, sendo a república posterior à luta pela independência, foi a luta de independência que possibilitou que Angola se tornasse independente e que existisse o primeiro Presidente da República, não é aceitável esta condição de dizer que um foi presidente e, por isso, tem reconhecimento e o outro não foi presidente e não tem o mesmo reconhecimento. Portanto, isto é inaceitável, disse.
Durante ainda o debate no espaço “Economias Sem Makas”, que teve como tema “Políticas económicas alternativas para Angola”, Adalberto Costa Júnior levantou ainda suspeita sobre a legitimidade da divida pública, afirmando que esta consome aproximadamente cerca de 50% do Orçamento Geral do Estado.
O líder partidário, para além de apelar ao pagamento imediato da dívida do Estado aos empresários nacionais em moeda, ao em vez de títulos, defende igualmente a auditória independente aos empréstimos feitos pelo estado angolano ao longo dos 23 anos de paz.
Adalberto Costa Júnior alertou igualmente, que o serviço público nacional está em colapso, e voltou a apelar para a devolução do papel fiscalizador da Assembleia Nacional, e propôs a revisão da Lei de Probidade Pública e reforma dos combustíveis.