Politica
Lourenço defende Jerusalém Oriental como capital da Palestina e regresso às fronteiras de 1948
Posição do Presidente angolano vai em sentido contrário aos desejos de Israel, que tem alargado os colonatos aos territórios atribuídos pela ONU à Palestina, em 1948, e contra os EUA, que pretendem fazer do local uma reviera luxuosa, mas sem a presença de palestinos.
O Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, declarou nessa terça-feira, 4, reconhecer Jerusalém Oriental como a capital da Palestina, o fim dos colonatos israelitas, bem como o regresso dos palestinos às suas fronteiras determinadas pela Resolução 149 da Organização das Nações Unidas (ONU).
João Lourenço marcou essa posição quando discursava na Cimeira Extraordinária da Liga Árabe, na qualidade de Presidente em exercício da União Africana (UA).
“Reconhecemos a Autoridade Palestiniana e manifestamos o nosso total apoio à sua luta pelo direito à autodeterminação, conforme a resolução 149 das Nações Unidas de 1948 e resoluções subsequentes, bem como o seu território com base nas fronteiras anteriores a 4 de Junho de 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital”, referiu João Lourenço.
Entre outras coisas, João Lourenço disse repudiar “quaisquer tentativas de deslocalização do povo palestino dos seus territórios, da contínua política de expansão dos colonatos, da ocupação e anexação ilegal de território pertencente à Palestina”.
E apelou igualmente às autoridades de Israel para que permitam a abertura de corredores humanitários, bem como o “regresso dos mais de dois milhões de palestinianos
internamente deslocados e refugiados nos países viznhos”.
Assim como criticou a tentativa de deslocamento de palestinos, o Chefe de Estado angolano também condenou o ataque de 7 de Outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas, contra o Estado de Israel, e que desencadeou uma resposta dura, que perdura até ao momento.
De referir que a posicão do Presidente angolano vai em sentido contrário aos desejos de Israel, que, ao longo de décadas, tem alargado os colonatos aos territórios atribuídos pela ONU à Palestina, e também contra os Estados Unidos da América (EUA), que pretendem fazer do local uma revieira luxuosa, mas sem a presença de palestinos.
A existência de Israel e da Palestina foi decidida pela Resolução 181 da ONU, que determinou a divisão do território palestino em dois Estados, um judeu e um árabe (Israel e Palestina), em 1947, mas os árabes, aos invés de se concentrarem na criação do Estado palestino, bolaram ideias de como eliminar Israel daquela região.
Vários ataques militares foi concebidos e executados, mas Israel conseguiu contê-los todos, criando seu próprio Estado, torná-lo numa democracia vibrante, e rico.
