“Kamerhe continua sendo aliado”, disse Tshisekedi sobre renúncia do Presidente do Parlamento da RDC 

O ex-presidente da câmara baixa do Parlamento da República Democrática do Congo continua sendo um aliado, disse o presidente da República Democrática do Congo, Félix-Antoine Tshisekedi, sobre a renúncia de Vital Kamerhe à Assembleia Nacional.

Kamerhe apresentou a sua renúncia na segunda-feira, 22, enquanto a sessão plenária deveria analisar o relatório da comissão especial criada para estudar cinco petições.

“Não sou a causa da renúncia de Vital Kamerhe nem dos seus problemas. Não vejo por que ele iria querer me virar as costas. Não tenho nada a ver com isso. Continuo a considerá-lo um aliado, um irmão”, declarou o chefe de Estado da RDC, citado pela Rádio Okapi, ontem, em Nova Iorque.

Para além de Kaherme, o vice-relator da Assembleia Nacional da República Democrática do Congo, Dominique Munongo, também renunciou na tarde desta segunda-feira, “pouco antes da sessão plenária convocada para analisar as petições que buscavam sua demissão, bem como a de outros três membros do gabinete acusados ​​de má gestão da câmara baixa do Parlamento”, realçou a Okapi.

As petições foram descritas pelo presidente Tshisekedi “como assuntos internos da instituição”.

“Sou o garante da estabilidade das instituições, mas isso não me autoriza a interferir no seu funcionamento. Se decidiram desafiar o seu presidente, isso é assunto da sua gestão interna. O meu papel é garantir o respeito pelos direitos de todos e a estabilidade da instituição. É isso que me importa”, afirmou.

De acordo com a media local, uma reunião interinstitucional havia sido convocada alguns dias antes com os chefes das instituições, durante a qual Tshisekedi havia pedido um retorno pacífico ao parlamento. No entanto, “a iniciativa de petições contra vários membros do gabinete interrompeu esse retorno”.