Governo aponta baixa do preço do petróleo como causas da alteração da estrutura do OGE-2026

A alteração da proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2026, marcada pela maior contribuição do sector não petrolífero, deve-se, essencialmente a constante baixa do preço do petróleo no mercado internacional, que reduziu em cerca de 8%, durante o terceiro trimestre deste ano.

A informação foi avançada pelo ministro de Estado para Coordenação Eonómica, José de Lima Massano, esta quinta-feira, 27, durante o encontro entre o sector da economia real e a equipa económica do governo, com as comissões especializadas da Assembleia Nacional.

De acordo com o governante, o sector não petróleo contribui, actualmente com cerca de 80%, para o Produto Interno Bruto (PIB), justificando que não se trata apenas de números ou percentagens, mas de constatações baseadas no trabalho do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O economista Pedro Cajama disse à Rádio Correio da Kianda que a visão de maior contribuição no OGE-2026 com o sector não petrolífero é sustentável, pelo facto de existirem muitos recursos que não eram mensurados”, apesar de considerar ser ainda um desafio.

“É sustentável olhando para a nova realidade. O grande problema as vezes está na mensurar muitos recursos que nós temos que não participavam na contribuição das receitas, ou se participavam não eram significativas” sublinhou.