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Especialistas destacam importância da transparência nos processos eleitorais em Angola

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A existência de figuras ligadas aos partidos políticos nos órgãos sobre os quais se assenta um Estado, com destaque para o Tribunal Constitucional e a Comissão Nacional Eleitoral, belisca a lisura e transparência dos processos eleitorais.

A afirmação é do consultor jurídico e político Smith Chicoty, quando falava no programa “Entre Linhas”, emitido aos sábados na Rádio Correio da Kianda que, olhou para os processos eleitorais e o seu reflexo no crescimento sustentável das sociedades.

“A presença de figuras com ligação partidária nos órgãos sobre os quais se assenta um Estado, belisca a lisura e transparência dos processos eleitorais. Podemos dar exemplo do próprio Tribunal Constitucional e da Comissão Nacional Eleitoral, onde estão indivíduos ligados ao partido que governa, isso de uma certa forma pões sim em causa a verdade eleitoral”, argumentou.

O cientista político Sebastião Salakiaku, sublinha que os actos praticados no interior dos partidos, têm reflexo na sua governação e chama atenção aos políticos a pautarem por condutas que apontem para satisfação social.

“A função do político ou governante é servir o povo, há uma tendência nos últimos dias de  pessoas irem para política em buscar de riqueza. Mas isso também resulta da forma como o actual governo incutiu nas mentes do cidadão, numa sociedade em que ser corrupto se tornou o normal, é preciso trabalhar para banir isso. Os partidos políticos na oposição também precisam ter uma postura exemplar, de modos a que quando conquistarem o poder  pautarem pela realização do cidadão e não dos seus bolsos”, disse.

Por sua vez o economista Fábio Manuel, diz ser necessário haver transparência e prestação de contas nos partidos políticos.

“A falta de transparência começa mesmo no interior dos próprios partidos políticos, onde em alguns casos não tem havido prestação de contas e posso dar aqui o exemplo do P-NJAGO e da CASA – CE que, nas eleições passada tiveram dificuldades em apresentar as suas contas. Termino reiterando que a transparência nos processos eleitorais influencia sim na dinamização das economias dos países” precisou.

Já o Director Executivo do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais Luís Jimbo, afirma os cidadãos devem ganhar a consciência sobre importância da sua participação nos processos eleitorais.

“O cidadão precisa conhecer a importância da sua participação nos processos eleitorais. É preciso participar de forma voluntária na supervisão dos pleitos eleitorais, não basta apenas falar é preciso agir, ganhar consciência. Em país onde há maturação cívica dos cidadãos, tem havido pouca supervisão, porque as pessoas e as instituições sabem o seu papel”, concluiu.

“Entre Linhas” é um programa de debate radiofónico, da interfira responsabilidade da ADEJA (Acção para o Desenvolvimento da Juventude Angolana) emitido todos os sábados entre 14 às 16 horas.

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