Economia
Economista defende reforço de políticas para formalizar economia angolana

O economista Fábio Manuel defendeu, nesta quinta-feira, 14, a necessidade urgente de reforçar políticas voltadas para a formalização da economia em Angola.
Em declarações durante o programa Capital Central, da Rádio Correio da Kianda, o especialista afirmou que cerca de 80% da economia angolana opera na informalidade, realidade que, segundo ele, prejudica o Produto Interno Bruto (PIB) e limita o acesso dos operadores a benefícios como a segurança social.
Fábio Manuel sublinhou que a integração dos negócios informais no sistema formal depende, antes de tudo, de vontade política para implementar reformas eficazes e adaptadas à realidade do país.
“A informalidade só prejudica o cidadão”, alertou, referindo que muitos empreendedores acabam por ficar excluídos de apoios financeiros e de políticas públicas que poderiam impulsionar o crescimento dos seus negócios.
O especialista intervinha no tema: “Economia informal: como integrar pequenos negócios ao sistema formal?”, que destacou que a economia informal representa uma parcela significativa da actividade económica em Angola, especialmente em Luanda, onde milhares de vendedores e prestadores de serviços trabalham sem registo fiscal ou proteção social. Apesar de gerar emprego e sustento para muitas famílias, a informalidade limita o acesso a crédito, dificulta o crescimento dos negócios e reduz a arrecadação fiscal do Estado.
O desafio está em encontrar políticas que permitam integrar estes empreendedores no sistema formal sem sufocá-los com burocracia ou impostos excessivos.