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Domingos Simões Pereira continua detido na Guiné-Bissau, confirma PAIGC

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Na Guiné-Bissau, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) considera de falsas e infundadas as informações veiculadas em alguns órgãos de comunicação social e plataformas digitais, que dão conta da alegada libertação de Domingos Simões Pereira, líder do partido da oposição, detido na sequência do golpe de Estado ocorrido no dia 26 de Novembro.

A informação foi revelada na tarde desta sexta-feira, à Rádio Correio da Kianda, pelo vice-presidente do PAIGC, Geraldo Martins.

O político afirmou que “Domingos Simões Pereira, continua detido nas instalações da segunda esquadra da polícia, apesar de todos esforços que temos vindo a fazer junto das autoridades, dos elementos das forças armadas, e também da própria comunidade internacional incluindo as missões de observação que se encontram na Guiné-Bissau até ao momento, não foi possível obtermos a sua libertação, infelizmente”, disse o político.

Por sua vez, o académico moçambicano Arsénio Cuco disse que deve se olhar com preocupação para o que está acontecer na Guiné-Bissau  quando deveriam ocorrer eleições que iriam determinar quem governaria o país, mediante alternância ou manter o antigo governo. Embora alguns encarem os factos naquele país de encenação, deixando dúvidas se o que aconteceu pode-se considerar de golpe de Estado.

Sobre a promessa do presidente de transição de governar num período de um ano para depois devolver a ordem constitucional ao país, Cuco disse que prefere “esperar para ver, tendo em conta a experiencia dos países do Sahel que tomaram o poder pela via de golpe de Estado e até a data não cumprem o que prometeram”.

Já o académico luso, Rui Verde, fez uma leitura duvidosa, com abertura de um ano de transição, que pode se estender perto ou mais de 10 anos, e comparou o sucedido na Guiné-Bissau com a tentativa de golpe de Estado que seria liderado por Jair Bolsonaro, no Brasil. Sobre as eleições de 23 de Novembro, Verde considera “como um processo morto”.

Verde disse não estar ainda convencido sobre o alegado golpe de Estado por apresentar dois cenários, como uma oportunidade que os militares viram um espaço vazio e em termos geográficos, Guiné-Bissau, está próximo da região do Sahel, onde se procura criar uma confederação de governos resultantes de golpe de Estado.

Já, o especialista bissau-guineense, Luís Vaz Martins, radicado em Portugal, acredita que o papel da CEDEAO e da União Africana, será preponderante para inverter a situação que se vive naquele país.

As afirmações foram feitas pelos académicos quando intervinham nesta quinta-feira durante o programa “Especial Informação”, da Rádio Correio da Kianda.

Ouça as declarações no Jornal da Noite, da Rádio Correio da Kianda, às 19 horas. 

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

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