Sociedade
Criminalidade e falta de água preocupam moradores do Talatona, Viana e Camama
Moradores de várias zonas de Luanda voltaram a denunciar, durante o fim-de-semana e o feriado, um aumento da criminalidade e a escassez de água potável.
As queixas foram apresentadas hoje, 13, à Rádio Correio da Kianda pelos ouvintes Orlando Nsimba, João de Almeida e José Titula, que pedem uma intervenção urgente das autoridades competentes.
As áreas mais afectadas são o Benfica, junto ao cemitério no Talatona, e o bairro da Madeira, em Viana, onde populares relatam assaltos frequentes e confrontos entre grupos rivais que têm deixado a população em clima de insegurança.
“Até quando essas lutas vão terminar? Há pessoas inocentes a morrer”, lamentou Orlando Nsimba, referindo-se à actuação de grupos que operam em plena via pública.
No município da Camama, os bairros Fubú e Bondo Chapé enfrentam outro drama: a falta de água potável há vários meses e os altos preços dos contratos de abastecimento.
“Estamos há muito tempo sem água, e ao mesmo tempo o índice da criminalidade também aumentou”, denunciou José Titula, morador da Fubú.
Moradores relatam ainda fraca presença policial e ausência de respostas por parte das administrações locais.
“Quando ficam nas paradas, a polícia está ali, mas nada faz. Cada dia há assaltos, e as pessoas vivem com medo”, descreveu o ouvintes Orlando.
Os cidadãos pedem reforço das patrulhas policiais, melhor gestão dos serviços de água e diálogo directo entre as administrações municipais e as comunidades para encontrar soluções urgentes.
Até ao fecho desta edição, a Rádio Correio da Kianda não obteve resposta da administração municipal da Camama nem do comando provincial da Polícia Nacional. O programa Capital Central promete continuar a acompanhar o caso, dando voz às populações afectadas.
