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“Combate à corrupção é uma luta de todos”, diz Rafael Savimbi

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No dia em que o presidente fundador da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), Jonas Savimbi, completaria mais um ano de vida, seu filho, o deputado Rafael Massanga Savimbi diz faltar informação concreta sobre os resultados do combate a corrupção, assegurando que, pessoalmente, não sente resultado nenhum, mas admite haver coragem por parte do presidente João Lourenço, por “tocar” em algumas figuras dentro do MPLA.

“Eu, sinceramente, ainda não sinto nenhuma mudança, porque o governo não informa à sociedade dos resultados do combate a corrupção, mas o que é positivo é a coragem do presidente de tentar fazer alguma coisa dentro do próprio MPLA. Penso que aí tem havido alguma coragem”, destaca.

Em entrevista ao Correio da Kianda, o Secretário Nacional para Relações Internacionais do partido UNITA defende maior informação à sociedade sobre os passos dados no combate à corrupção.

“É bom que o governo informe a sociedade sobre os resultados ou mesmo os processos, como vão andando até aqui”, disse, realçando que só assim será possível “analisar as coisas com factos e não em especulação”

Rafael Massanga admitiu que nem parlamentares sabem a quanto andam os resultados da lei do repatriamento de capital:

“Nós estamos no parlamento houve a Lei do Repatriamento de Capitais e não há informação sobre resultados dos meios e bens apreendidos”.

Massanga afirma que o combate à corrupção deve envolver toda a sociedade, independentemente, da cor partidária para moralizarmos todos.

“O combate à corrupção é uma luta de todos, deve ser feita de forma transversal e que possa mudar a mente dos angolanos”, admitiu.

Na entrevista, Rafael Massanga afirma que a sua ambição política é a melhoria de qualidade de vida dos angolanos: “os meus anseios passam por dar a minha contribuição, sobretudo qualificações quantitativas para dar contributo para o melhoramento das condições sociais das populações”.

  “Não sou dos políticos que acorda todos os dias de manhã e ao fazer as barbas tem que pensar no poder pessoal. Penso como fazer para contribuir com a minha quota-parte, para fazermos deste país, um país justo para todos e que cada angolano, a sua maneira sinta-se realizado”, expôs.

Coesão interna

O filho do presidente fundador da UNITA admite existir coesão interna, segundo o deputado, independentemente dos grupos que possam existir dentro do partido, mas o que lhes une é o projecto político.

“É necessário dar importância ao factor de unidade dos grupos, e o que nos une na UNITA é o projecto. Cada um tem a sua família, cada um tem a sua maneira de ver as coisas, mas temos um projecto de sociedade que é comum. E é em volta deste que devemos estar para podermos avançar”, espera.

Massanga diz que não está fora da direcção do partido como muitos pensam, e assegurou ter boa relação com o actual presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior.

“Eu não fiquei de fora porque sou Secretário Nacional para Relações dos Exteriores, mas mesmo que ficasse de fora, como tal em função executiva, não se deve encarar como problema”.

Rafael Massanga é licenciado em gestão de empresa, também já foi representante da UNITA, na costa do Marfim e no Gana. Entre 2007-2013 foi assessor diplomático do presidente do Galo Negro. Entre 2013 e 2015, assumiu o cargo de secretário nacional para a Mobilização Urbana da UNITA; 2015-2019, secretário Geral Adjunto Nacional da UNITA e eleito a deputado na lista do ciclo nacional da UNITA, em 2017.

Caso estivesse em vida, Jonas Savimbi completaria hoje 86 anos.

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