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ANASO revela que “30% das novas infecções por VIH ocorrem entre jovens dos 15 aos 24 anos de idade”

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O presidente da Rede Angolana de Organizações de Serviços de SIDA, Tuberculose e Malária (ANASO), António Coelho, revelou à Rádio Correio da Kianda, que do ponto de vista das novas infecções, o destaque recaí que 30% ocorrem entre os jovens dos 15 aos 24 anos de idade, e neste conjunto das novas infecções, cerca de 70% estão entre as raparigas e mulheres, o que mostra que o VIH-SIDA ainda continua marcado por desigualdade de género.

“A prevenção continua fraca. Do ponto de vista dos dados, só 30% dos jovens fundamentalmente mulheres e 46% jovens homens declararam terem usado o preservativo nas últimas relações ocasionais, por tanto aqui um défice no uso de preservativo”, sublinhou.

Para Jeremias Agostinho, a redução do financiamento por parte de organizações internacionais vem agravar ainda mais a situação da doença em Angola, salvo se o governo aumentar os financiamentos de combate ao VIH-SIDA.

Por seu turno, António Coelho, disse que a transmissão do vírus de forma dolosa continua ainda na moda, o que tem estado a comprometer os esforços para o combate e controlo da doença.

Jeremias Agostinho disse que a falta de sensibilização nos órgãos de comunicação social sobre a prevenção do VIH-SIDA, e a falta de responsabilidade por parte da juventude no cato sexual, são apontadas como causas que condicionam as metas traçadas pelo Governo angolano juntamente com os seus parceiros até 2030.

Para o especialista, o aumento das trabalhadoras do sexo nos últimos tempos devido dificuldades económicas agrava o risco de aumento da doença em Angola.

Já a educadora social, Francelina Tomás, disse que a consciencialização da doença nas comunidades, ainda constitui um tabu, apontando o estigma como bloqueio da comunicação e mais informações sobre a doença.

As declarações foram feitas aquando do espaço “Tem a Palavra” do programa Capital Central, que abordou o tema “avanços e desafios do combate do VIH-SIDA em Angola”.

De acordo com dados apresentados pela Rede Angolana de Organizações de Serviços de SIDA, Tuberculose e Malária (ANASO), pelo menos 380 mil pessoas em Angola vivem com o VIH, e metade deste número faz terapia anti-retroviral.

 As províncias com maior prevalência são as da Lunda-Norte e Lunda-Sul com mais de 4%, o Cunene com mais de 3%, Cuando, Cubango e Moxico com cerca de 2,5%.

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