Presidente Faye recebe Umaro Embaló no Senegal

Após o golpe de Estado na Guiné-Bissau, o presidente destituído, Umaro Sissoco Embaló, encontra-se agora no Senegal. A informação foi avançada esta quinta-feira, 28, através de um comunicado da Presidência senegalesa, que afirma ter disponibilizado uma aeronave para se deslocar a Bissau, a fim de ajudar nesta operação de repatriamento.

“Assim que chegou ao Senegal, o Presidente Umaro Sissoco Embaló está são e salvo”, lê-se na nota a qual o Correio da Kianda teve acesso.

O informe do Presidente Bassirou Diomaye Diakhar Faye diz ainda que “todos os outros actores políticos detidos” foram postos em liberdade.

Encontravam-se detidos pelo Alto Comando Militar os políticos Domingos Simões Pereira, Otávio Lopes, Pier Cá, Nhossan, Januário Betunde, Marcos da Costa, Roberto Imbesba, Ernesto Ié e Victor Oliveira.

De acordo com o comunicado, tal gesto foi fruto de um contacto directo que o Presidente Faye “tem mantido com todas as partes bissau-guineenses envolvidas”, tendo garantido, inclusive, a reabertura das fronteiras para facilitar a saída e o repatriamento de membros das diferentes Missões de Observação Eleitoral.

Por fim, a nota avança que “o Governo da República do Senegal reafirma a sua disponibilidade para trabalhar ao lado da CEDEAO, da União Africana e de todos os parceiros envolvidos, com vista ao retorno imediato da ordem constitucional e à consolidação da legitimidade democrática no país irmão”.

Referir que o presidente da Transição Militar na Guiné-Bissau disse esta quinta-feira, 27, que o período de transição no país durará no máximo um ano e que a tomada do poder do Estado não foi uma opção fácil.

Numa declaração, após ser investido pelo Alto Comando Militar para Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública como presidente da Transição Militar, transmitida pelas redes sociais da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), Horta Inta-A disse que “não foi uma opção fácil” a acção que resultou na tomada de poder do Estado pelas Forças Armadas guineenses.