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“Vai haver um mercado em crescimento no mundo para o jornalismo independente de qualidade”
O presidente executivo do grupo Bloomberg Media, Justin Smith, considerou que vai haver um “mercado em crescimento” no mundo para o jornalismo “independente de qualidade” e disse que a pandemia “criou oportunidades” para novos tipos de media.
“Acho que vai haver um mercado em crescimento no mundo para o jornalismo independente de qualidade”, afirmou o responsável.
“Podemos contar o número” de veículos de “jornalismo independente de elevada qualidade”, acrescentou, onde se incluem a BBC ou a Euronews, por exemplo.
Apesar de haver um grande consumo de conteúdos através das redes sociais, os consumidores estão a levantar as mãos e a dizer: “Por favor, deem-me informação mais independente, verificada. Acho que veremos isso acontecer em diferentes” formas “e, com sorte, estaremos lá” para os encontrar, salientou.
Sobre o impacto da pandemia na Bloomberg Media, Justin Smith disse que se assistiu um aumento nas subscrições de serviços.
Considerou ainda que “esta é a melhor altura para experimentar melhores produtos, marcas e serviços”.
A pandemia de coronavírus “mudou o mundo de forma significativa, as coisas estão diferentes” do período pré-covid-19, salientou.
“As pessoas estão a consumir mais media, novos formatos de media” e até deixando a televisão por cabo e satélite e apostando nas televisões inteligentes (‘smart TV’).
No fundo, a pandemia criou oportunidades para novos tipos de media”, referiu.
Por sua vez, a Euronews está a abrir canais filiais na Albânia, Belgrado e Georgia.
O mercado de publicidade da televisão tradicional na Europa está a cair mais rapidamente do que se esperava por causa da covid-19, disse o presidente executivo da Euronews, Michael Peters, o que leva a apostar para uma oferta mais digital.
“Somos por essência um ‘player’ global” e em termos de notícias “faz sentido trazer o máximo possível de conteúdo para a audiência local, mesmo que esse conteúdo possa ter uma visão ampla e industrial”, afirmou o responsável.
“Lançamos esta nova estratégia” de ter ‘franchise’ em países, como os três países anteriormente referidos, prosseguiu.
“Estamos em discussão com muitos outros e devemos chegar em breve a um acordo” para ser assinado, acrescentou Michael Peters, salientando que esta estratégia “é importante”, porque deixa uma marca da Euronews “em todos os mercados”.
“Esta é a mistura entre ser global e local”, rematou.
Por Lusa