África
Seychelles decide futuro político em segundo turno presidencial após disputa acirrada

Sem um vencedor directo nas eleições presidenciais, Seychelles se prepara para um segundo turno decisivo entre os dois principais candidatos, anunciou neste domingo a autoridade eleitoral do país.
Patrick Herminie, da oposição, obteve 48,8% dos votos, enquanto o atual presidente, Wavel Ramkalawan, conquistou 46,4%. Como nenhum dos dois superou os 50% exigidos, os eleitores voltarão às urnas embora a nova data ainda não tenha sido divulgada.
A disputa marca um momento crucial na trajetória política do arquipélago. Herminie representa o United Seychelles, legenda que controlou o país por mais de quatro décadas até ser derrotada em 2020. Agora, tenta recuperar o poder em meio a promessas de estabilidade e reconexão com as bases populares.
Do outro lado, Ramkalawan busca a reeleição apoiado pelo Linyon Demokratik Seselwa (LDS), com foco na recuperação econômica, inclusão social e proteção ambiental pilares centrais para manter Seychelles como uma referência entre os países africanos em termos de PIB per capita e sustentabilidade.
As eleições atraem atenção não apenas por sua relevância doméstica, mas também por seu impacto sobre a governança de uma das nações mais ambientalmente estratégicas do Oceano Índico. Com 115 ilhas e forte apelo turístico, o país desempenha um papel-chave em debates sobre conservação marinha e economia azul.
A votação antecipada teve início na quinta-feira, mas a maioria dos eleitores participou no sábado, demonstrando alto engajamento popular em uma eleição que poderá redefinir os rumos políticos e econômicos do menor país do continente africano.