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Reconhecimento da Palestina representa uma viragem histórica, diz diplomata em Angola

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O embaixador da Palestina em Angola, Jubrael Alshomali, afirmou em declarações à imprensa, que o voto a favor pelo reconhecimento de seu país como Estado, de pelo menos 160 nações, incluindo as historicamente próximas de Israel, como França, Reino Unido, Canadá e Austrália, representa uma viragem histórica.

O embaixador sublinhou que o reconhecimento internacional é um passo fundamental para elevar a Palestina como Estado soberano e reforçar a defesa dos direitos do seu povo.

“Esses países, que antes se apresentavam como amigos de Israel, agora condenam a guerra de humilhação que o governo de ocupação israelita continua a travar contra o povo palestino. O mundo descobriu que Israel é um estado de apartheid e que a sua narrativa já não encontra aceitação internacional.”

Apesar da vitória diplomática, Alshomali lembrou a tragédia humanitária em curso, afirmando que a guerra não se limita à Faixa de Gaza, mas estende-se a outras regiões da Palestina, com um saldo de cerca de 170 mil vítimas entre mortos e feridos, sendo a maioria mulheres e crianças.

Jubrael Alshomali destacou ainda a iniciativa da União Europeia que suspendeu projectos económicos com Israel e estuda novas medidas de sanção.

Tudo isso acontece numa altura em que o presidente norte-americano apresentou um plano onde se destaca, por exemplo, um cessar-fogo imediato e a libertação gradual dos reféns israelitas, assim como a reconstrução de Gaza, e a desmilitarização do Hamas.

As negociações de paz no Médio Oriente, foram discutidas esta segunda-feira, 29, entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ocorrido na Casa Branca.

Em cima da mesa estava um plano com 20 pontos onde se prevê o fim imediato da guerra, acompanhado da libertação dos vários reféns israelitas que ainda se encontram mantidos em cativeiro em Gaza.

Note-se ainda que Donald Trump prometeu, um dia antes do encontro, “algo especial nas negociações, tendo realçado haver uma oportunidade real de alcançar algo grande no Médio Oriente”.

Em reacção, o movimento palestiniano Hamas diz que vai analisar a proposta “de boa-fé”.

Actualmente, 151 países, cerca de 80% dos membros da ONU, já reconhecem oficialmente o Estado palestino. Além de Rússia, China, Índia, todos os países árabes, quase toda a África e América Latina, a lista passou a incluir também nações do G7 como Reino Unido e Canadá, e outros aliados ocidentais, como Portugal, Austrália e Mónaco.

Este reconhecimento, proclamado inicialmente em 1988 por líderes palestinos no exílio, ganha assim dimensão global em meio à devastação da Faixa de Gaza e à persistente ocupação da Cisjordânia.

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