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“Quem orquestrou e conduziu esta acção criminosa saiu derrotado”, diz João Lourenço sobre actos de vandalismo
O presidente de Angola condenou esta sexta-feira, 01, os actos de vandalismo, pilhagens, arruaças e confrontos verificados em várias províncias, com realce para a capital angolana. Os autores de tais actos, segundo João Lourenço, saíram derrotados.
“Quem quer que seja que tenha orquestrado e conduzido esta acção criminosa, saiu derrotado e ajudou-nos a todos, ao Executivo e à sociedade, a tomar medidas preventivas e melhores formas de reagir em caso de reincidência, com vista a minimizar os danos sobre as pessoas e o património”, afirmou.
De acordo com o Chefe de Estado angolano o que se verificou desde segunda-feira, 28, foram actos premeditados de destruição de património público e privado, assalto e pilhagem de estabelecimentos comerciais, ameaças e coacção a pacatos cidadãos para não circularem, não se apresentarem ao trabalho mesmo usando meios próprios de locomoção.
“Vinte e três anos depois do fim do conflito armado e no ano em que o país comemora 50 anos da proclamação da sua Independência Nacional, não podemos aceitar nem tolerar mais dor e luto entre os angolanos, “assegurou.
Por isso, João Lourenço condenou veementemente tais actos criminosos, lamentando a perda de vidas humanas.
“Aproveitamos a oportunidade para expressar, no nosso nome e no do Executivo angolano, os nossos mais profundos sentimentos de pesar a todas as famílias enlutadas e votos de rápidas melhoras aos feridos como consequência dos tristes acontecimentos”, vincou.
Apoio às empresas
João Lourenço avançou, igualmente, que o Executivo vai aprovar, na próxima segunda-feira, uma medida de apoio com vista a mais rápida reposição dos estoques e manutenção dos potos de trabalho.
Realçou ainda que os actos mostraram que “a educação dos nossos filhos não está nas plataformas, nem nas redes sociais, que não possuem rostos, mas na família e na escola comprometida com presente e futuro de Angola”.
Mais de 1500 detidos
O ponto de situação apresentado na noite desta quinta-feira, 31, pela Polícia Nacional, dá conta que subiu para 30 o número de vítimas mortais, resultado dos actos de vandalismo, arruaças, confrontos e pilhagens, verificados nas províncias de Luanda, Lunda Norte, Malanje, Icolo e Bengo, Bengo, Huíla e Benguela.
Quanto aos danos materiais, o subcomissário Mateus Rodrigues avançou que 118 estabelecimentos comerciais foram vandalizados nas províncias anteriormente mencionadas, com realce para a província de Luanda, 24 autocarros públicos e mais de 20 veículos particulares não foram também poupados durante os confrontos.
De acordo com Mateus Rodrigues, a situação continua estável e estão agora detidos 1.515 pessoas por alegado envolvimento nos actos, sendo que alguns já começaram a ser julgados.
Presidente lamenta perda de vidas humanas e condena actos de vandalismo