Politica
Quem comete crimes contra crianças deve sentir todo peso da lei, defende líder do PPA
O presidente do Partido Pacífico Angolano (PPA), Eduardo Garcia, defendeu hoje, 30, que “quem comete crimes contra crianças, deve sentir todo o peso da lei”, reagindo ao Correio da Kianda, sobre a agressão sexual, de que foi vítima a adolescente de 15 anos de idade, de nome Belma, cujos vídeos viralizaram nas redes sociais, e causaram indignação pública.
O jovem político que se mostra profundamente consternado ao tomar conhecimento de imagens de extrema violência e gravidade, cujo impacto ultrapassa qualquer limite de tolerância social, afirmou tratar-se de um episódio que fere a consciência colectiva.
“Evidencia a brutalidade de um crime hediondo praticado contra uma menor, indefesa e desprovida de qualquer maturidade que lhe permitisse defender-se”, vincou.
O posicionamento do PPA é de condenação absoluta, firme e inequívoca “deste acto macabro”, assegurou.
“Estamos perante um acto bárbaro que exige uma resposta penal dura, exemplar e sem indulgências, bem como uma actuação institucional séria, técnica, responsável e célere. A justiça não pode falhar, nem tão-pouco encenar respostas formais; deve agir com rigor, transparência e eficácia”, sublinhou.
Para Eduardo Garcia, importa sublinhar que a criança deve ser protegida em todas as circunstâncias, nunca instrumentalizada ou exposta.
O líder do PPA disse que em paralelo, defende o agravamento das penas para crimes sexuais contra menores, a criminalização severa da produção, partilha e difusão de conteúdos desta natureza e a responsabilização imediata das plataformas digitais que não procedam à remoção urgente desses materiais.
“Quem encobre, difunde ou silencia, é cúmplice. Não podemos continuar a normalizar a impunidade. A dignidade da mulher não pode continuar a ser tida como bola de golfe digital, onde cada uma atira para o lado que quiser”, concluíu.
Referir que tudo isso acontece numa altura em que o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Manuel Halaiwa, esclareceu hoje, 30, a polémica gerada nas redes sociais sobre a alegada semelhança física dos dois jovens detidos no chamado caso Belma e as imagens divulgadas no vídeo.
Em conferência de imprensa, Manuel Halaiwa explicou que, durante o processo de exposição pública dos suspeitos, é comum surgirem comparações e dúvidas relacionadas com semelhanças físicas entre pessoas. No entanto, garantiu que, após verificação rigorosa, foi descartada qualquer ligação dos implicados a outros grupos criminosos referenciados em vídeos que circularam nas redes sociais.
“Foi feita a verificação necessária para apurar se estes indivíduos pertenciam a outros grupos mencionados nos conteúdos divulgados, mas essa possibilidade foi completamente afastada”, assegurou o porta-voz do SIC.
