Economia
País precisa de mais embarcações para viagens marítimas
O coordenador da Comissão de Gestão da Secil Marítima, João Martins, disse esta sexta-feira, em Luanda, que o país precisa de mais embarcações para as viagens marítimas, sobretudo de transportes de carga.
O responsável falava aos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração do navio Carlos Marçal, destinada ao transporte de carga, no Porto Pesqueiro, na zona da Boa Vista, em Luanda.
Segundo o responsável, a Secil Marítima possui várias tipologias de embarcações. Da frota de pequenas embarcações eléctricas, a empresa adquiriu recentemente seis novas, usadas para a travessia Kapossoka/Mussulo. Tem ainda uma mais antiga de proporção a motor, mais quatro catamarãs recebidas da MN, sendo que duas destas já foram recondicionadas para nos próximos dias iniciarem a navegação.
Da SONANGOL, a Secil Marítima recebeu seis embarcações do tipo Catamarãs, entre de cargas, de passageiros e mistos, como é o caso do Cabinda, às quais se junta o barco Carlos Marçal, destinado a transporte exclusivo de carga.
João Martins acrescentou ainda que “em termos de passageiros, até agora as nossas embarcações que se fazem nas rodas Luanda/Cabinda e Vice-versa e Soyo/Cabinda e vice-versa tem praticamente a lotação esgotada”, com 276 passageiros cada.
Entretanto, a maior preocupação, de acordo com o gestor, está na frota de embarcações de carga, bem como de gruas de movimentação de carga nos portos do país.
“Alguns portos já têm, mas outros ainda não. Então esse é o papel que é fundamental”.
Sobre o parque da frota de embarcações, João Martins disse que para as viagens de passageiros o número é satisfatório e consegue cobrir a demanda, que “é grande, conforme sabe, ainda estamos a assistir camiões que passam pela RDC, com muita garga mesmo”.
“Nós queremos ganhar esse volume de carga, temos também, por exemplo, no Soyo, o Porto Fluvial do Quimbumba que também queremos reganhar essas cargas todas, mas é um trabalho que está sendo feito”, garantiu.
Quando questionado sobre o número de novas embarcações que são necessárias para o país, o Coordenador da Comissão de Gestão da Secil Marítima respondeu: “para o país, muito mais e nós quando falámos muito mais não é só com a Secil”.
Acrescentou que o negócio da cabotagem está aberto a investidores privados.
Por sua vez, o Secretário de Estado para Aviação Civil, Marítima e portuária, Rui Carreira, disse que a embarcação, ora inaugurada, vem reforçar a frota da Secil Marítima, visando atender a demanda da procura de meios para o transporte de mercadoria para as províncias com ligações marítimas.
“A Secil tem de estar no terreno para fazer face à procura, com serviços seguros e de qualidade”, disse.