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Pacientes feridos em explosão de granada em Cacuaco já estão fora de perigo

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Os pacientes que deram entrada no Hospital Municipal de Cacuaco, vítimas da explosão de uma granada ocorrida no fim-de-semana no bairro dos Imbondeiros, estão fora de perigo e receberam alta médica na manhã de domingo.

A confirmação foi feita hoje, 13, pela directora daquela unidade sanitária, Anisette Cutatella, que garantiu que todos os feridos foram socorridos de forma rápida e eficaz pela equipa médica de serviço.

Segundo a responsável, “a explosão do engenho provocou vários feridos que foram encaminhados de imediato ao hospital. Graças à prontidão da nossa equipa de cirurgia, todos receberam o devido acompanhamento e já tiveram alta”.

O incidente teve origem num desentendimento entre um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e um efectivo da Polícia Nacional, ocorrido no bairro dos Imbondeiros, em Cacuaco. Testemunhas relatam que a discussão entre os dois terminou de forma trágica, depois de o agente da polícia ter disparado à queima-roupa contra o colega do SIC.

Antes de morrer, o efectivo do SIC chegou a escavilhar uma granada, que acabou por explodir, ferindo mais de vinte pessoas que se encontravam nas proximidades.

Entre os feridos está Carlos Gonçalves, morador da zona, que contou como tudo aconteceu:

“Quando os dois começaram a discutir, um deles disse ‘eu sou o Estado’. Depois começaram a agredir-se, e o que morreu pegou a granada para explodir o outro. O colega, ao ver isso, reagiu e fez o disparo”, contou.

Outra residente, Madalena Sebastião, também foi atingida quando observava o tumulto à porta da sua casa. “A granada caiu e explodiu. Tentei correr, mas fui atingida nas costas”, relatou.

O efectivo do SIC morreu no local, enquanto o agente da Polícia Nacional, alegadamente autor do disparo, está sob custódia para averiguações.

As autoridades abriram um inquérito para apurar as circunstâncias do caso, que deixou em choque a comunidade do bairro dos Imbondeiros e reacendeu o debate sobre a necessidade de reforçar a disciplina, a formação e o controlo do uso de armas entre os efectivos das forças de segurança.

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