Politica
Oposição angolana não procura regalias mas sim alternância política, afirmam especialistas

O especialista em ciência política Eurico Gonçalves disse que não é verdade que as pessoas em Angola ingressam para política para conseguir dinheiro, descordando igualmente este pensamento com o surgimento de mais partidos políticos.
Eurico Gonçalves afirmou por outro lado que aposição angolana não procura regalias mas sim alternância política, com o fundamento da realidade democrática alcançada pela Frente Patriótica Unida (FPU), olhando para os últimos resultados eleitorais das eleições de 2022.
“O que motiva a oposição é a questão da alternância, pelo facto de a FPU ter resultado no sentido de se faz30er mudanças políticas, que não foram condicionadas pelas regalias, mas pelas ideologias dos partidos políticos que visam a representação dos partidos” frisou o especialista.
Já o político do PRA-JA Servir Angola, Sebastião Salakiaku, disse que a realização de eleições periódicas, livres, justas, concorridas e transparentes são elementos que constituem pressupostos que levam a afirmar que um estado é livre e democrático.
O político disse que a fraude eleitoral é um processo, que não se circunscreve apenas no acto da votação, mas que começa no registo da população votante até a tomada de posse dos governantes.
Com este pensamento, Sebastião Salakiaku, fundamenta que o “sequestro das instituições públicas” limita a acção fiscalizadora dos partidos políticos.
Por seu turno, Raimundo Kizokola, pela UNITA, disse que a esta altura a olhar para o tempo de existência que Angola regista e a qualidade da democracia, a oposição enfrenta várias dificuldades, pelo que concluiu que o Estado está blindado de forma intencionada a vetar as acções de fiscalização dos partidos da oposição e da sociedade civil.
As declarações foram feitas hoje, 30, no espeço “Tem a Palavra” do programa Capital Central da Rádio Correio da Kianda, que abordou o tema, o papel da oposição em Angola: fiscalização política ou manutenção de regalias”.