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O que esperar do encontro entre Putin e Trump hoje no Alasca? 

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“Espera-se que os líderes discutam o acordo ucraniano: o assunto é muito complexo e multifacetado”, respondeu o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, e completou o assessor presidencial da Rússia, Yury Ushakov: “As negociações serão de natureza empresarial. E, claro, todos nós temos uma postura empresarial, antes de tudo”.

O primeiro encontro entre o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo dos Estados Unidos da América, desde que Donald Trump regressou à Casa Branca, em Janeiro deste ano, está a ser aguardado com grande expectativa por líderes de todo mundo.

“Histórica” é a palavra que a media mundial está a utilizar para descrever a cúpula agendada para esta sexta-feira, 15. Organizada em menos de uma semana, desde o anúncio da data e do local, ambos os lados tiveram que “resolver as formalidades de visto, escolher o local para a reunião dos líderes das duas potências, resolver todas as questões organizacionais e internas e garantir a segurança” em tempo recorde, conforme publicou a agência de notícias russa, TASS.

O local escolhido é a Base Conjunta Elmendorf-Richardson (JBER, na sigla em inglês) – instalação militar norte-americana estratégica no Alasca. O local reúne operações da Força Aérea e do Exército dos Estados Unidos e ocupa posição-chave na defesa do país. A previsão é que o encontro tenha início às 11h30, hora local, 20h30, em Luanda.

Cada uma das delegações deverá estar presente com cinco membros cada. Da parte russa, além de Putin, estão confirmadas as presenças do Ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, do Ministro da Defesa, Andrey Belousov, do Ministro das Finanças, Anton Siluanov, e do Representante Especial do Presidente para Investimentos e Cooperação Económica com Países Estrangeiros, Kirill Dmitriev.

Pelos EUA, acompanham Trump, o Vice-Presidente J.D. Vance, o Secretário de Estado, Marco Rubio, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent e o enviado especial, Steve Witkoff.

Actualmente, disse, Dmitry Peskov, “eles estão a examinar o conflito na Ucrânia entre a Rússia e os EUA, e a perspectiva do lado ucraniano é considerada relevante para as etapas subsequentes das negociações”, assegurou, entretanto, o Presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, não foi convidado para o encontro.

Yury Ushakov avançou, igualmente, que a cúpula não possui um cronograma definido:o momento em que as negociações terminarão dependerá do desenrolar das discussões”.

“A Rússia tem uma postura de trabalho. As negociações serão de natureza empresarial. Mas, é claro, tarefas mais amplas para garantir a paz e a segurança, bem como questões internacionais e regionais urgentes e prementes, também serão abordadas”, disse.

A agência russa reforçou que “em particular, será discutido o desenvolvimento da cooperação bilateral, incluindo laços comerciais e económicos. Seu potencial é pouco explorado”, sinalizou a TASS.

O anúncio do encontro de hoje foi feito no passado dia 08 de Agosto, por Donald Trump, através da sua rede social. Embora na publicação, o Presidente dos EUA houvesse prometido “mais informações para breve”, até o fecho desta matéria, a Casa Branca não havia divulgado um comunicado com expectativas para o encontro.

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