Economia
Novo financiamento dos EUA no Corredor do Lobito representa interesse geopolítico, diz analista

O analista da Rádio Correio da Kianda Nadilson Paim disse esta quarta-feira, 25, que os 5 mil milhões de dólares disponibilizados pelos Estados Unidos, para o Corredor do Lobito, representa uma afirmação geopolítico de interesse estratégico na região da África Austral.
Os EUA “taparam” os rumores de analistas políticos sobre um desinteresse no Corredor do Lobito, disponibilizando desta forma, USD 5 mil milhões para investir e expandir o projecto que passa pela República Democrática do Congo, Zâmbia até aos mares angolanos no Oceano Atlântico.
O responsável sénior do Bureau dos Assuntos Africanos do Departamento dos EUA, Troy Fritell, fez o anúncio esta terça-feira, 24, durante a conferência de imprensa da delegação norte-americana presente na Cimeira EUA-África.
Para Nadilson Paim com esta iniciativa, Angola pode reforçar o seu papel de um país chave na logística e escoamento de matérias-primas estratégicas como cobre e cobalto, e outros minerais críticos para a transição energética global.
O especialista disse esperar que o financiamento não se perca em burocracias e corrupções, e alerta para necessidade de o Corredor do Lobito beneficiar essencialmente o angolano, e não se constitui apenas em uma fonte de saída de recursos para alimentar as economias externas.
Já o economista José Macuva disse que este novo financiamento vem de resto estimular o investimento daquela infra-estrutura, e defende por outro lado a necessidade de agora em diante, os financiamentos ser de entes privados.
O diplomata norte-americano, Troy Fritell, admitiu atrasos no financiamento do seu Governo, sendo que questionado sobre o programa dos EUA neste canal, afirmou que “nada está em risco e há comprometimento diante da infra-estrutura, tendo em conta as oportunidades de negócios existentes ao longo da linha férrea”.