África
Mali: bloqueio de combustível provoca medo e tensão económica

No Mali, à Al-Qaeda reforçou o seu bloqueio às importações de combustível, incendiando caminhões nas principais rotas de abastecimento e ameaçando sufocar a economia do país.
O grupo armado Jama’at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM) anunciou o bloqueio em um vídeo na semana passada, reivindicando a responsabilidade por recentes ataques a comboios que traziam combustível do vizinho Senegal, sendo que a táctica marca uma mudança de estratégia, com o objectivo de cortar Bamako de recursos vitais.
Moradores da capital citados pelo Africa News, afirmam que o medo está se espalhando rapidamente.
“A informação que sabemos agora é que os jihadistas espalharam informações que estão assumindo em todos os lugares. Em Bamako, isso nos assusta, temos medo e estamos preocupados”, disse Cheick Oumar Coulibaly, um soldado aposentado.
“Mas é propaganda. Eles não poderão levar Bamako. Eu sou um ex-soldado, juro por Deus que os terroristas não podem tomar este país” disse uma outra fonte.
A geografia sem litoral do Mali o torna especialmente vulnerável. O país depende das importações do Senegal e da Costa do Marfim para bens essenciais, incluindo combustível e cimento.
Agora, enquanto caminhões de combustível queimam nas estradas que levam à capital, muitos malianos temem que, além da violência, os insurgentes estejam travando uma guerra económica com o objectivo de sufocar o país.