África
Malawi: escândalos de corrupção e estagnação económica complicam reeleição do actual Presidente
Os escândalos de corrupção que “assombram” o mandato do actual Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, que contribuíram para a desilusão com os dois principais partidos, agravada com a estagnação económica, podem complicar a sua reeleição, nas eleições desta terça-feira, 16.
Lazarus Chakwera chegou ao cargo acusando o antigo governo de Peter Mutharika de corrupção desenfreada, mas o tratamento dos casos por sua administração foi criticado como selectivo e lento.
Actualmente com a inflação altíssima e a escassez de combustível provavelmente no topo das mentes dos eleitores, Lazurus Chakwera contra seu antecessor Peter Mutharika, mais outros 15 candidatos, incluindo a ex-presidente Joyce Banda, embora analistas e sondagens apontarem para uma corrida de “dois cavalos” entre Chakwera, e Mutharika.
Entretanto, caso ninguém obtiver mais de 50% dos votos, haverá um segundo turno.
O Observatório Eleitoral Angolano (OBEA), em coordenação com a Rede de Apoio Eleitoral para África Austral, compõem igualmente a missão de 13 observadores convidados pela Comissão Eleitoral do Malawi (MEC), para o pleito desta terça-feira, 16.
Os resultados das eleições geralmente são divulgados em uma semana.
O Malawi enfrenta estagnação económica desde que o ex-pastor Chakwera foi eleito em 2020, com um ciclone devastador e uma seca regional destruindo as colheitas e agravando as dificuldades.
A inflação está acima de 20% há mais de três anos.
O país de cerca de 22 milhões de habitantes também votará ainda nesta terça-feira, 16, para membros do parlamento e vereadores locais.
Os dois principais candidatos, Chakwera e Mutharika, já se enfrentaram três vezes, com uma reviravolta dramática na última eleição, quando o Tribunal Constitucional anulou a vitória de Mutharika em 2019 devido a irregularidades e ordenou uma repetição, que Chakwera venceu em 2020.
