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Mais de um terço das mulheres angolanas em idade fértil sem acesso a métodos contraceptivos
Em Angola, cerca de 37% das mulheres em idade reprodutiva continuam sem acesso a métodos contraceptivos para evitar gravidezes indesejadas uma realidade que levanta preocupações em torno da saúde sexual e reprodutiva no país.
A informação foi avançada pelo Secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis, que defende um maior investimento em políticas públicas voltadas para a autonomia e o empoderamento feminino.
Segundo o governante, o défice no acesso aos métodos de planeamento familiar não se resume à ausência de meios, mas também a factores como o baixo nível de informação, barreiras culturais, desigualdade de género e fragilidades nos serviços de saúde, sobretudo nas zonas rurais.
“Precisamos garantir que as mulheres tenham o poder de decidir sobre o seu próprio corpo, com acesso a informações e recursos adequados. Isso é crucial para o desenvolvimento do país”, declarou Milton Reis.
Especialistas defendem que o aumento do acesso aos contraceptivos pode contribuir significativamente para a redução da mortalidade materna, prevenção de gravidezes precoces e melhoria das condições de vida das famílias.
A questão do planeamento familiar continua a ser um dos maiores desafios do sector da saúde e da igualdade de género em Angola, num contexto em que o país regista uma das mais altas taxas de fertilidade da África Austral.