JURA defende CNJ independente e representativo da juventude angolana

A Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA) defendeu esta semana a necessidade de o Conselho Nacional da Juventude (CNJ) afirmar-se como uma plataforma independente, inclusiva e verdadeiramente representativa da juventude angolana, afastando-se de práticas de partidarização que, segundo a organização, comprometem a sua missão.

Em declarações à RNA, o secretário-geral da JURA, Nelito Ekukui, reiterou que continuam válidas as razões que levaram a organização juvenil da UNITA a afastar-se do CNJ, apontando como principal entrave a excessiva influência partidária na condução da instituição.

De acordo com Nelito Ekukui, o CNJ deve ser um espaço de congregação de todos os jovens, incluindo aqueles que não integram formações políticas, mas que têm contributos relevantes para o desenvolvimento do país e para a afirmação da juventude enquanto força social.

“O Conselho Nacional da Juventude deve representar a juventude angolana no seu todo, e não interesses partidários. Existem muitos jovens brilhantes que não pertencem à UNITA, nem ao MPLA, nem a qualquer outro partido, e que devem ter espaço nesta plataforma”, sublinhou.

O dirigente esclareceu que a defesa da independência do CNJ não exclui a participação de militantes partidários nos seus órgãos de direcção, desde que estes consigam exercer os cargos com neutralidade institucional e sentido de Estado.

“Qualquer jovem tem o direito de concorrer à liderança do CNJ. O essencial é que, uma vez eleito, consiga tirar a camisola do partido e vestir a camisola de Angola”, afirmou, defendendo uma liderança comprometida com os interesses colectivos da juventude.

Para a JURA, a construção de um CNJ independente passa por uma mudança de postura da sua liderança, com maior abertura ao diálogo, pluralismo e respeito pela diversidade política e social dos jovens angolanos.

Nelito Ekukui concluiu defendendo que Angola deve caminhar para um modelo de governação juvenil baseado na inclusão, na independência e na representação efectiva, de modo a fortalecer o papel do CNJ como espaço de unidade e voz legítima da juventude.