Sociedade
Irregularidades no curso do SME demonstra fragilidade na contratação pública, diz especialista
O líder do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) disse que o facto de serem divulgadas informações de que pelo menos 450 instruendos do Curso de Migração do SME não sabem ler, devia servir de reflexão por parte do governo, sobre a qualidade da educação e ensino que tem implementado no país.
Francisco Teixeira avançou que estes indicadores deviam servir de motivo para as pessoas reflectirem sobre a qualidade do ensino angolano e “não de bilingue e humilhação” que como as informações foram tornadas públicas.
O líder desafiou, por outro lado, as autoridades face a estes dados concretos a investirem seriamente na educação e ensino para que não se venha imputar responsabilidades de não saber ler e escrever aos jovens que dizem muitas vezes serem desfavorecidas e sem condições de fazer uma formação condigna no exterior do país ou em escolas de referência em Angola.
Francisco Teixeira considerou ainda a forma como a informação foi tornada pública como sendo populista e eivada de política.
E o especialista em Gestão e Administração Pública, Denílson Duro, considera que a identificação destas deficiências dos candidatos ao Curso do SME representa uma grande fragilidade na contratação pública.
O comentador da Rádio Correio da Kianda espera que este procedimento levado a cabo pelo SME se estenda para outros sectores da contratação pública.
O Curso Básico de ingresso no SME em que se inscreveram mais de cinco mil candidatos foi cancelado dias antes da data prevista para o encerramento, devido a “irregularidades graves no processo de selecção”.
André Eugénio
23/12/2024 em 7:58 am
Escusaram-se em apontar a corrupção que impera no sector público,como razão principal de situações análogas.