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Igreja Universal transforma a FTU num espaço de culto

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As instalações da Fábrica de Tabacos Unificados (FTU) foram transformadas em local de culto pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), constatou terça-feira, às 11h30, o Jornal de Angola.

O diário presenciou um culto celebrado num dos sete pavilhões das instalações, todos preparados com cadeiras e aparelhos de som para o exercício de actividade religiosa.

Na fachada principal da antiga fábrica não há nenhuma placa que informe sobre a mudança de objecto social, algo que existe na parte traseira do edifício, onde se encontra uma placa com os dizeres “Jesus Cristo é o Senhor – Universal”.

A transformação das instalações em local de culto acontece 15 anos depois de a fábrica ter recebido investimento, na ordem dos três milhões de dólares, do grupo norte-americano “British American Tobaco”, que criou 190 postos de trabalho.

No pátio há um letreiro em lingala, idioma da República Democrática do Congo e do Congo Brazzaville e também falado por milhares de angolanos por serem os dois países vizinhos de Angola, um sinal de que também há cultos nessa língua. O novo local de culto está próximo do Palanca, um dos bairros da província de Luanda que alberga um número considerável de cidadãos da República Democrática do Congo.

Dos sete pavilhões, há um maior, pintado em amarelo e com alcatifa nas rampas de acesso e portas vidradas, o único espaço com melhor conforto no seu interior. O espaço, catalogado pela igreja Universal como pavilhão central, dispõe de sistema de climatização e cadeiras móveis.

O azul e o amarelo, cores que identificam a “British American Tobaco”, ainda se mantêm nos seis pavilhões.

Um pastor da IURD contactado no local pelo Jornal de Angola recusou-se a dar informações sobre a ocupação do espaço pela Igreja Universal do Reino de Deus, tendo remetido a curiosidade jornalística para a direcção geral da instituição religiosa.

Antes da construção das instalações no bairro Terra Nova, a FTU, que produzia os cigarros “AC” e “SL”, funcionava na Baixa de Luanda, na década de 1940, numa estrutura ainda existente, entre a sede do Comando Geral da Polícia Nacional e o edifício da BP-British Petroleum.

 

C/ JA

 

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