Politica
Guerra no Médio Oriente não impedirá visita de Joe Biden a Angola, dizem especialistas
A guerra do Médio Oriente não vai colocar em causa a visita do Presidente dos Estados Unidos a Angola. A conclusão é de especialistas em relações internacionais quando olhavam para o impacto do conflito em África.
Joe Biden chega ao país, a 13 deste mês para uma visita de três dias numa altura em que intensificam-se os ataques entre Israel, Líbano e Irão.
Mário Gerson disse que não faz sentido pensar-se que a guerra vai fazer com que se cancele a sua vinda a Angola.
“Começam essas conversas todas, sobretudo das redes sociais, a pôr em causa a visita do presidente Joe Biden a Angola, o que para mim não faz sentido, até já que um espírito também de maldade, acredito que essa questão da conflitualidade poderá ser resolvida por enquanto ad-hoc, ou de forma emergencial. É, portanto, do presidente Biden rever alguma da sua agenda para naturalmente criar condições para que se resolva, é, portanto, essa situação do conflito. Agora, essa questão de vir a Angola ou não, acredito que não vem a caso“, defendeu.
Também Adão Baião, especialista em relações internacionais disse que, a visita de Biden a Angola será materializada.
“Essa visita de Biden vem sendo já cogitada faz tempo e faz parte daquilo que é a estratégia da política externa norte-americana. Essa situação do Médio Oriente a agonizar-se cada vez mais e temos estado a constatar que em algumas situações nem sequer Netanyahu aceita os aconselhamentos de Washington. Acredito que deve estar também já ficar fora do controlo dos Estados Unidos”, avançou.
Biden e o seu homólogo João Lourenço vão discutir o “aumento da colaboração em prioridades compartilhadas”, incluindo o reforço das “parcerias económicas” que mantêm a competitividade das empresas”.
O Corredor do Lobito que também conta com financiamento do governo norte-americano será um dos temas em abordagem.