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Greve de táxis inicia com forte impacto em Luanda: cidadãos queixam-se da falta de transporte

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A cidade de Luanda amanheceu, esta segunda-feira, 28, com filas extensas nas paragens e reclamações generalizadas por parte dos cidadãos, devido à escassez de táxis, resultante do início da greve anunciada pelos taxistas filiados à Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA).

Apesar de circular um comunicado de suspensão da paralisação atribuído ao vice-presidente da ANATA, Rodrigo Luciano Catimba, a greve foi mantida por outros operadores do sector, sobretudo os que se mantêm firmes nas suas exigências e denunciam alegado desentendimento interno entre lideranças associativas.

Em zonas como Cazenga, Viana, Benfica, Rocha Pinto e Talatona, a circulação de táxis foi bastante reduzida ou quase inexistente. A consequência foi o aglomerado de passageiros, atrasos em massa e um aumento significativo da procura por meios alternativos como mototáxis e viaturas privadas.

Maria do Rosário, cidadã apanhada numa longa fila no São Paulo, desabafou:

“É frustrante. Sabíamos que podia haver greve, mas não esperávamos essa confusão toda. Não há clareza sobre quem está a aderir ou não.”

Por seu lado, Carlos Manuel, taxista, explicou por que decidiu parar:

“As condições de trabalho estão cada vez mais difíceis. O que ganhamos mal dá para o combustível e ainda somos pressionados nas contas diárias. O protesto é legítimo.”

Entre as principais reivindicações constam o reajuste das contas diárias de táxi, a revisão do mapeamento de rotas e maior diálogo entre os órgãos de gestão local e as associações do sector.

Enquanto isso, o Governo Provincial de Luanda afirma estar aberto ao diálogo e pede contenção por parte dos grevistas, para evitar situações de desordem e vandalismo.

A paralisação deverá manter-se até quarta-feira, 31, caso não haja avanços significativos nas negociações. A população, no entanto, continua a enfrentar sérios constrangimentos na mobilidade dentro da capital.

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2 Comentários

1 Comentário

  1. ggandodiallo@gmail.com

    28/07/2025 em 9:38 am

    É lamentável a situação que se encontra no cheio da comunidade…

    É bastante prejuízo para todos locomotivistas…
    Apelamos ao responsável e os líderes que se metem as mãos na massa para mitigar a situação…

  2. Domingos João

    30/07/2025 em 6:25 am

    E muito triste ver isso e não podia acontecer, os líderes da ANATA serão responsáveis pelo vandalismo por criarem esse protesto sem aconselhar a todos o povo que se juntaram nessa manifestação. As empresárias públicos é privadas não têm nada haver. O vandalismo é crime e não é um protesto

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