África
Governo da Troika da SADC apela ao diálogo para resolução da crise em Madagáscar
Num comunicado emitido esta quinta-feira, 16, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) apela aos envolvidos na crise que culminou com a destituição do Presidente do Madagáscar, que privilegiem o diálogo para travar a onda de violência registada desde sábado, sobretudo na capital, Antananarivo.
O documento saído da Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da Troika do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da SADC, realizada hoje, orienta ainda a mobilização de “parceiros estratégicos, nomeadamente a Comissão do Oceano Índico (IOC), a União Africana (UA) e as Nações Unidas (ONU), a fim de garantir intervenções coordenadas e complementares em Madagáscar”.
“A Cimeira reiterou o seu compromisso no sentido de apoiar os esforços envidados para restaurar a paz, a estabilidade e a governação democrática na República de Madagáscar, apelou a todas as partes interessadas malgaxes para que privilegiem o diálogo inclusivo como principal mecanismo de resolução da crise actual e exortou todas as partes a absterem-se de violência, pilhagens e destruição de bens”, lê-se no comunicado.
Também na tarde desta quinta-feira, a Comissão da União Africana (CUA) anunciou o envio de membros do Painel de Sábios e um Enviado Especial a Antananarivo nos próximos dias, somando assim à missão da SADC enviada àquele país.
A cimeira de hoje da SADC apelou ainda a todas as partes para que “privilegiem a protecção dos segmentos vulneráveis da população, com especial atenção para os jovens, os idosos, as mulheres e as pessoas portadoras de deficiência”.
Recordar que o Presidente Andrey Rajoelina, que sofreu impeachment por legisladores depois de fugir para o exterior durante o fim-de-semana, é o actual Presidente da SADC, representando o Madagáscar.
Mesmo com o anúncio de que o novo governante militar de Madagáscar, Michael Randrianirina, será empossado em breve como presidente daquele país situado na costa sudeste de África, Rajoelina até o momento se recusa a renunciar, apesar das manifestações exigindo a sua renúncia e deserções generalizadas nas forças de segurança.
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