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Reportagem

Fiéis da Igreja Adventista reflectem sobre liberdade religiosa

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A igreja Adventista do Sétimo Dia tem levado a cabo várias acções com vista  a desenvolver a liberdade religiosa no país e mundo.

A união da igreja e do estado,  é uma fórmula garantida para acabar com a descriminação e intolerância e assim contribuir na paz e harmonia entre povos.

A liberdade religiosa inclui o direito básico humano, direito de publicação de literatura, operação de escolas a todos níveis, manifestar e praticar a religião individualmente,  ou em comunhão com outros crentes,  incluindo observância de um dia de repouso semanal,  tendo respeito aos direitos e respeitos dos outros, sem interferência externa.

Segundo o pastor daquela denominação religiosa, Texeira Vinte, os que mais precisam da liberdade religiosa são os fiéis adventistas, por isso, encorajou os seus membros,  a não serem intolerantes com outras denominações religiosas,  pois,  a separação consiste apenas em doutrinas.

“Nós temos relações saudáveis com outras denominações eclesiásticas, disse.”

Os que guardam o sétimo dia da semana,  consideram a liberdade religiosa como um direito humano primordial,  que sustenta todos os direitos humanos.

“Tenho plena certeza que se tivesse aqui algum decisor público,  provavelmente sairia daqui com uma outra visão,  com as solicitações que lhe são feitas, não sairia da mesma forma que entrou” lamentou o pastor.

Na sequência, lembrou aos seus fiéis que,  os que mais precisam da liberdade religiosa são os adventistas do sétimo dia, havendo assim, necessidade de pautar por atitude harmoniosa, não exclusão com outros. Texeira admitiu existir um número inferior,  a aguardar o sábado.

“Enquanto milhões, se não bilhões,  têm o primeiro dia da semana como dia de adoração,    e nós em minoria temos o sábado  do sétimo dia dos dez mandamentos como dia de adoração, pode se arrastar o dia de trabalho até sábado” alertou.  Continuou dizendo que, a igreja do sétimo dia foi a pioneira no mundo em promover a liberdade religiosa,  cujo os actos estão patentes na maior tribuna do mundo, “Organizações das Nações Unidas”.

Apesar do número reduzido de membros a nível mundial, o pastor afirma existir representatividade em diferentes sectores ou profissionais.

“Ontem nós nos procurávamos aos dedos quais profissionais temos, hoje temos procuradores, advogados, juízes” revelou.

A liberdade religiosa é um mandamento para todos e um direito fundamental.

Daniel Tchitongwa, Director do Centro dos Direitos Humanos e Cidadania da Universidade Católica de Angola, levou os cristãos numa reflexão constitucional plasmada no artigo 41 da Constituição da República de Angola.

Para ele, falar de liberdade religiosa é promover a liberdade de consciência, liberdade de pensamento, culto e a liberdade de crenças.

“A Organização das Nações Unidas, estatuíram no artigo 18 da Declaração dos Direitos do Homem, consagrando a liberdade religiosa como um direito humano, a liberdade de crença e de culto é inviolável, para Daniel, o africano é um ser intimamente ligado a divindade, existe para a liberdade religiosa, alguns princípios básicos que devem ser observados pelo estado,  como a necessidade, proporcionalidade e razoabilidade”.

Para o estado cabe apenas criar condições para efectivação deste direito, sem reprimir ou restringir, caso venha restringir,  o artigo 57 da CRA, responde.

“A lei só pode restringir os direitos e garantias nos casos expressamente previstos na constituição” enquadrou.

Todas instituições públicas ou privadas, têm o direito de respeitar e garantir o livre exercício dos direitos e das liberdades fundamentais, e o cumprimento dos deveres constitucionais, sublinhou.

O titular da pasta dos direitos humanos e cidadania, destacou aos presentes, sobre o estado laico nos termos do artigo 10 da Constituição “o estado reconhece, respeita as diferenças, confissões religiosas as quais são livres na sua organização e no exercício das suas actividades desde que a mesma se conforme com a constituição e a lei da república de Angola”.

Ninguém pode ser perseguido, molestado, discriminado ou agredido por professar uma religião, a liberdade religiosa deve ser sempre analisada na perspectiva de direitos individuais, institucionais e de garantias normativas, disse o Constitucionalista Juvenis Paulo.

Os membros e líderes daquela denominação, reafirmaram o compromisso de continuar a trabalhar junto com as entidades governamentais em várias acções, com objectivo de garantir a segurança, paz e estabilidade. O encontro enquadrou-se no âmbito das celebrações do dia mundial da liberdade religiosa.

A par dos membros locais, participarem também líderes de outras denominações eclesiásticas.

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