Mundo
EUA insistem que ataques ao Irão destruíram programa nuclear: “em causa o reafirmar da capacidade de neutralizar ameaças” – Especialista
Os EUA insistem em dizer que os ataques dos EUA às três instalações iranianas, nomeadamente, Fordow, Natanz e Isfahan destruíram o programa nuclear, afirmando que o país não retirou o urânio das instalações antes dos bombardeios.
Entretanto, segundo uma avaliação preliminar dos serviços secretos norte-americanos, divulgada pela CNN e pelo New York Times, os bombardeamentos dos EUA destruíram apenas uma pequena parte do material nuclear, uma vez que a maior parte das reservas de urânio enriquecido do Irão foi deslocada antes da ofensiva.
De acordo com o especialista em relações internacionais, Adalberto Malú, ouvido esta quinta-feira pela rádio correio da Kianda, a insistência de Trump em dizer que as reservas de Urânio do Irão foram destruídas, tem uma série de intenções estratégicas, enquadradas no contexto geopolíticos.
Para os EUA, continua o especialista, é conveniente manter a sua posição de força militar imbatível, reforçando a sua credibilidade doméstica e capacidade de neutralizar ameaças globais.
Adalberto Malú disse que a postura de Trump revela uma “intenção de controlar a narrativa pública e evitar que as dúvidas sobre as dúvidas sobre a eficiência dos ataques enfraqueçam a sua posição política”, reflectindo uma estratégia de comunicação para manter a pressão o Irão.
Segundo o relatório confidencial dos serviços secretos do Pentágono, os bombardeamentos dos EUA destruíram apenas uma pequena parte do material nuclear, uma vez que a maior parte das reservas de urânio enriquecido do Irão tinha sido deslocada antes da ofensiva.
O presidente dos Estados Unidos que já tinha reiterado na terça-feira que as instalações nucleares no Irão tinham sido “completamente destruídas”, acusou a CNN e o New York Times de tentarem desvirtuar o bombardeamento dos EUA ao “desvalorizarem um dos ataques militares mais bem sucedidos da história”.