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Empresas públicas não têm boas práticas de gestão, afirmam especialistas

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O especialista em gestão e administração pública, Denílson Duro, afirmou em declaração à Rádio Correio da Kianda, que a administração pública angolana infelizmente não tem bons exemplos de boas práticas de gestão, essencialmente no capítulo da transparência.

De acordo com dados consultados pelo Correio da Kianda, no documento sobre o Relatório Agregado do Sector Público Empresarial (SEP), apenas 25 das 87 empresas públicas tiveram as contas aprovadas sem reservas em 2024.

Entre as empresas destacam-se, as dos sectores de água e saneamento e de transportes e armazenagem.

Para Denílson Duro, a falta de transparência nas empresas públicas, se agrava ainda mais com o dado de que 62 empresas cujos relatórios foram chumbados.

Já o economista José Lumbo afirmou ainda que as auditórias podem alertar os gestores públicos a minimizarem gastos ou custos que na sua visão são desnecessários, destacando com este exemplo a importância da auditória para a melhoria dos processos internos e mudanças de procedimentos e alcançar resultados positivos.

Para Denílson Duro, as empresas públicas devem trazer um modelo de gestão assente na governança corporativa alinhada com os interesses organizacionais, mais precisamente para a colectividade, mas sem descurar dos modelos de gestão do sector privado.

O especialista alerta para a necessidade de mudança do modelo de indicação dos gestores públicos ligados a questões político-partidárias.

O economista José Lumbo que se mostrou desanimado com os dados, destacou a importância dos auditores externos para a garantia da transparência dos recursos públicos.

Para o especialista, é necessário que não obstante as auditórias externas, que as instituições públicas criem igualmente auditórias internas.

De acordo ainda com o relatório, o sector de água e saneamento foram aprovadas as contas das empresas, Empresa Pública de Água e Saneamento do Bengo, do Bié, do Namibe, de Cabinda, do Uíge e a Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda.

As Empresas Portuárias de Lobito, de Luanda, de Cabinda e de Porto Amboim, a Sociedade de Desenvolvimento da Barra do Dande, Caminho-de-ferro de Benguela, e a Empresa de Transportes Colectivos de Luanda (TCUL), destacam-se entre as empresas do sector transportes e armazenagem.

Segundo o documento, relatórios de 62 empresas foram “chumbados”, depois de verificadas limitações na análise do grau de fiabilidade das contas reportadas e pela ausência do relatório do auditor independente.

O referido relatório dá nota ainda que 73% dos trabalhadores das empresas públicas são homens e 81% de membros de Conselhos de Administração de Empresas Públicas são homens.

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