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“Deputados não devem ter medo de votar”, diz UNITA

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“O deputado não deve ter medo. No acto de votação não terá nenhuma câmara escondida para filmar e nem laboratório que vai analisar a impressão digital em cada boletim de voto”, destacou o líder do Grupo Parlamentar da UNITA.

Liberty Chiyaka fez tal declaração durante conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, 02, que teve como objectivo “tratar da iniciativa de acusação e destituição do Presidente da República e os procedimentos a observar pela Assembleia Nacional, nos termos do seu regimento interno”.

“Quem vai votar para destituição do Presidente da República, não é o MPLA, UNITA, PRS, FNLA e nem o Partido Humanista, será o povo que vai exercer o seu poder através dos seus enviados a Assembleia Nacional”, continuou, reforçando que os deputados da Assembleia Nacional “representam todo povo, independentemente de serem grupos de partidos políticos”.

No final de Junho, o Grupo Parlamentar da UNITA emitiu um comunicado a informar que vai apresentar ao Plenário da Assembleia Nacional um processo de acusação e destituição do Presidente da República, João Lourenço.

Os parlamentares do maior partido na oposição justificaram a decisão por entenderem que volvidos nove meses do segundo mandato, após a tomada de posse a 15 de Setembro de 2022, “verifica-se que a governação do Presidente da República é contra a democracia, contra a paz social, contra a Independência Nacional e contra a unidade da Nação, pelo que a sua rejeição pela Nação se traduz na mais elevada taxa de reprovação já verificada em tempo de paz. O sentimento geral dos cidadãos é que o Presidente da República em funções traiu o juramento que fez, perdeu absolutamente a confiança dos eleitores, e, por isso, deve ser destituído do cargo”.

Por sua vez, o Grupo Parlamentar do MPLA respondeu afirmando que “não existem acções ou omissões do Presidente da República que justifiquem lançar-se mão ao art. 129° da Constituição da República”.

“Neste tema, não é apenas a mão que permanece escondida; é que o próprio assunto não tem pernas para andar: nem pernas políticas, nem pernas jurídicas, nem pernas procedimentais, nem pernas regimentais”, apontam.

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