Politica
Condecorações: especialista propõe revisão do modelo de reconhecimento em Angola

O especialista em Gestão e Administração Pública, Denílson Duro, disse que o modelo de reconhecimento verificado em Angola não pode ser resumido aos actos de condecorações, embora reconheça a importância desta.
Denilson Duro, manifestou o seu pensamento esta quarta-feira, à Rádio Correio da Kianda, em consequência ao anúncio sobre o reconhecimento de todos os signatários do Acordo de Alvor, que poderão ser condecorados no dia 11 de Novembro.
Para o especialista, existe uma dificuldade pelos líderes angolanos na “compreensão dos contextos e momentos de reconhecimento” que se faz pelo contributo a nação. O mesmo disse que o entendimento sobre a inclusão de Holden Roberto e Savimbi deve ser aprofundado, uma vez que transcende as celebrações do 11 de Novembro.
E sobre as condecorações dos signatários do Acordo de Alvor, o politólogo João Mateus, louvou a iniciativa, contudo, entende que se registou uma falta de cumprimento daquilo a que chamou de “hierarquia das honras”.
Do seu ponto de vista, as figuras de Holden e Savimbi deveriam liderar a lista dos condecorados no quadro das comemorações do quinquagésimo aniversário da independência nacional.
Mateus disse ainda que este acto reforça os esforços do processo de unidade e reconciliação nacional.
E, por sua vez, a analista político Eurico Gonçalves, avançou ao Correio da Kinda que “reconhecer Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi lado a lado é um acto que deixa para trás uma suposta “rivalidade”, afirmando que a “soberania começa dentro de nós”.