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“Cessar-fogo é só começo da paz”, alerta embaixador de Espanha sobre conflito Israel–Hamas

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O embaixador de Espanha em Angola, Manuel Lejarreta, considerou esta segunda-feira, 13, que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas representa uma “muito boa notícia” para o Médio Oriente, mas advertiu que se trata apenas de um primeiro passo rumo à paz duradoura.

Em declarações exclusivas à rubrica “Visão Global” do magazine informativo Capital Central da Rádio Correio da Kianda, o diplomata espanhol destacou o impacto humanitário imediato da trégua, sublinhando que ela “traz alívio às populações da Faixa de Gaza e também aos familiares dos reféns israelitas”.

“Sem dúvida é uma boa, muito boa notícia que vai trazer paz e tranquilidade a Gaza e também a Israel. Vai terminar com um grande sofrimento da população palestina, mas também dos familiares dos reféns”, afirmou Lejarreta.

O embaixador frisou, no entanto, que ainda não se pode falar de um verdadeiro acordo de paz, mas sim de um início de caminho que poderá conduzir a uma solução política mais ampla.

“Mais do que um acordo de paz, devemos entender este momento como um primeiro passo. Um cessar-fogo e um conjunto de medidas humanitárias são fundamentais, mas ainda há muito por construir”, salientou.

Manuel Lejarreta recordou que a Espanha reconheceu formalmente o Estado da Palestina no início deste ano, sendo um dos primeiros países europeus a fazê-lo, e afirmou que a decisão visa contribuir para uma solução duradoura do conflito.

“Foi uma decisão valente da parte de Espanha. Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, reconhecer a Palestina é uma maneira de contribuir para a paz e para a coexistência entre dois Estados, Israel e Palestina em segurança e harmonia”, destacou o diplomata.

Lejarreta elogiou ainda o papel dos mediadores internacionais, nomeadamente Estados Unidos, Turquia, Egito e Catar, que contribuíram para alcançar o cessar-fogo.

O embaixador concluiu apelando à comunidade internacional para apoiar a construção do Estado palestino, que, segundo ele, deve ser “um vizinho legítimo e pacífico de Israel”.

“O objectivo final é ter dois Estados vizinhos, convivendo em paz e segurança. Temos todos que ajudar a construir esse futuro.”

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