Politica
Analista vê como ingerência política demissão da directora do banco central norte-americano
Em artigo publicado esta terça-feira, 26, no Correio da Kianda, o especialista em Administração Pública, Denílson Duro, apontou como ingerência política, o facto do Presidente Donald Trump ter demitido esta segunda-feira, 25, a directora do Federal Reserve (Fed).
A demissão de Lisa Cook, conforme carta publicada na noite de ontem, tem efeito imediato na instituição equivalente ao Banco Central norte-americano, segundo a medida publicada na Truth Social.
“O episódio recente da demissão da governadora da Reserva Federal (Fed), Lisa Cook, por decisão do Presidente Donald Trump, voltou a colocar no centro do debate político e académico a questão da independência das instituições, em especial dos bancos centrais”, comentou no seu artigo, Denílson Duro.
Nomeada pelo antecessor de Trump, o democrata Joe Biden, Cook é a primeira mulher negra a se tornar directora do Fed. Lisa Cook entrou começou a ser visada por Trump após uma acusação do Presidente do Conselho da Agência Federal de Financiamento Habitacional dos EUA (FHFA, na sigla em inglês), William Pulte, de que ela teria cometido fraude hipotecária.
Trump usou como justificativa para demissão, o argumento de não ter “confiança na integridade de Cook”, citando o artigo 2 da Constituição dos Estados Unidos e o Acto do Federal Reserve de 1913.
“Eu determinei que há causa suficiente para removê-la de sua posição”, escreveu.
Por sua vez, Denílson Duro retomou os motivos de criação dos cancos centrais, alertando para os riscos de ingerências políticas nos mesmos:
“Ao longo da história, os bancos centrais foram concebidos para actuar como “árbitros técnicos” da política monetária, imunes a ciclos eleitorais e interesses políticos imediatos. Contudo, o caso norte-americano mostra que, mesmo em democracias maduras, a ingerência política continua a ser um risco concreto”.
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